sábado, 20 de agosto de 2016

O MASCULINO E O FEMININO, PRINCÍPIOS DA CRIAÇÃO






10º. Capítulo  -  A  GESTAÇÃO


O fenómeno da galvanoplastia - já o demonstrei - encontra-se em todos os domínios da existência, mas é particularmente interessante estudá-lo no caso da mulher grávida.
Este esquema mostra-nos como o cérebro está ligado à pilha, a Fonte de energia cósmica, a vida, Deus, cuja corrente ele recebe, e esta corrente circula depois do cérebro para o embrião.
A solução é o sangue da mãe, no qual estão mergulhados o anôdo (o cérebro) e o cátodo (o útero), porque o sangue banha igualmente todos os órgãos do corpo.
Portanto, o ânodo, a cabeça, fornece o metal (os pensamentos) que será transportado pelo sangue até ao feto.
É preciso compreender a grande importância deste facto, porque a criança será alimentada e formada pelos elementos que assim receber da mãe.
No momento da concepção, o pai dá o germe; este germe pode ser o de um homem vulgar e até criminoso, ou então, o de um ser muito evoluído, e é a mãe que, pela sua actividade psíquica, pode favorecer ou, pelo contrário, entravar as manifestações das tendências contidas no germe.
Vou exemplificar: suponhamos que o pai tem grandes qualidades intelectuais e espirituais; ele pode transmiti-las aos seus filhos; mas, se a mãe for muito pouco evoluída ou se, durante o período da gestação, ela levar uma vida desordenada, alimentando estados inferiores de consciência, estará a opor-se à manifestação de todas essas boas qualidades.
E o inverso também é verdadeiro: uma mulher pode receber do homem um germe defeituoso, mas, se for evoluída, se souber trabalhar com os seus pensamentos e os seus sentimentos, todas as partículas puras e luminosas que ela emana durante a gestação vão opor-se à manifestação das tendências negativas.
É preciso compreender bem quais são as funções do homem e da mulher: ao dar o germe, o pai, de certa forma, esboça o esquema, o projecto, daquilo que a criança será; e a mulher, pela qualidade dos materiais que dá, tem o poder de realizar esse projecto ou, pelo contrário, de se opor à sua realização.
É por isso que o poder da mulher é imenso durante todo o tempo em que traz a criança dentro de si.
Eu sei que, desde há algum tempo, se têm feito estudos sobre a vida do feto e a sua receptividade às influências exteriores, tanto aos estados emocionais sentidos pela mãe, como aos acontecimentos que se dão à volta dela.
Mas há um aspecto da questão que escapou aos investigadores: é a importância da matéria fornecida pela mãe para a formação da criança; porque esta, durante nove meses, vai formar-se com a ajuda dos elementos que a mãe lhe dá.
É certo que aquilo que a mãe ouve ou vê à sua volta, durante a gestação, vai reflectir-se na criança, mas isso não passa de marcas superficiais.
A constituição e o temperamento da criança dependem da qualidade da matéria que a mãe lhe der; e a qualidade dessa matéria depende da maneira como a mãe viver.
Se a matéria for ouro, simbolicamente falando, a criança será saudável e sólida, quer física, quer piíquicamente; mas, se a matéria for chumbo, a criança será doentia e vulnerável.
Pode dizer-se, pois, que o papel da mulher grávida é duplo: por um lado, ela trabalha sobre o germe que recebe do homem, favorecendo o desenvolvimento dos caracteres que ele contém ou, pelo contrário, opondo-se a esse desenvolvimento; por outro lado, é dela que depende a matéria com que a criança será formada.







Continua



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