A cultura actual propõe constantemente objectos ou actividades que são outras tantas solicitações, tentações.
E não só não se previne as pessoas dos perigos que isso representa, como se faz tudo para as convencer de que as satisfações que daí vão retirar contribuirão para o seu desenvolvimento e são mesmo uma condição para ele.
Pois bem, não é assim.
Não é a multiplicação de tantos desejos a satisfazer que os enriquecerá.
Pelo contrário, muitos desses supostos progressos e melhorias fazem-se em detrimento da vida, pois o seu propósito, essencialmente, é a satisfação das suas necessidades materiais.
As pessoas imaginam que assim viverão mais intensamente, quando, na realidade, o que lhes propõem é uma agitação superficial em que elas dispersam todas as suas energias.
Elas chamam "aproveitar a vida" a uma maneira de pensar e de agir que, garantidamente, as arrasta para a morte.
Mesmo que eles estejam convencidos de que a vida é o bem mais precioso, é raro os humanos compreenderem que, nesta vida, o mais precioso é a vida em si mesma.
Se, em vez de se dispersarem em actividades que os enfraquecem, eles se esforçassem por desenvolver as suas faculdades psíquicas e espirituais, descobririam que foi nos actos mais simples e mais quotidianos que a vida "enterrou" os seus tesouros.
Respirar, alimentar-se, abrir os olhos para a natureza, amar, pensar, são os verdadeiros dons da vida.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 02.08.2014
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