O discípulo que se embrenha na via da verdadeira evolução é comparável ao viajante que passa uma fronteira.
Como ele transporta consigo toda a espécie de bagagens esquisitas que acumulou durante milénios, é mandado parar por guardas alfandegários, que lhe dizem: «Meu amigo, o caminho é longo e duro, esses objectos com que vens carregado são incómodos, inúteis e até nocivos, tens de os deixar aqui.»
E eles obrigam o discípulo a desembaraçar-se de tudo o que é pesado, tenebroso, e que o impede de vibrar em uníssono com a pureza e a luz que ele quer alcançar.
Esta passagem da fronteira não é fácil, pois é sempre doloroso renunciar.
Mas, como deseja elevar-se, o discípulo deve aceitar pagar esse preço.
Se ele perseverar, em breve passará uma outra alfândega, na fronteira com uma outra região... até chegar, completamente livre, a esse território celeste onde se fundirá com a Fonte da vida eterna.
Se não quiserdes estar sempre a ser parados nas alfândegas celestes, tornai-vos vós próprios o guarda alfandegário do vosso mundo interior.
Quando comeis, estai atentos para não engolirdes seja o que for; do mesmo modo, estai atentos à qualidade dos pensamentos e dos sentimentos que deixais entrar em vós.
Dizei a cada pensamento e cada sentimento que se apresenta: Eh tu, espera aí um pouco! De onde vens?»
E aceitai somente aqueles que vos reforçarão espiritualmente.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 02.12.2013
Éditions Prosveta
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