sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A realização do silêncio interior


É fácil conseguir o silêncio no plano físico; basta fechar a porta, as janelas, ou tapar os ouvidos.
Mas eu não estou a referir-me aqui ao silêncio exterior. Com certeza que ele é necessário, indispensável, na medida em que proporciona as condições para ser realizado o outro silêncio - o silêncio interior, o dos pensamentos e sentimentos, aquele que é muito mais difícil.
Porque é sobretudo aí, no foro íntimo, que existe barulho, que existem discussões, desordens, explosões.

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Se vindes para uma Escola Iniciática é para aprender coisas essenciais, de outro modo não vale a pena.
E uma das coisas essenciais é precisamente realizar o silêncio interior.
Por isso, tentai, todos os dias, fazer um esforço para evitar o barulho que se prepara interiormente: discussões, revoltas e desordens provocadas pelos pensamentos, pelos desejos e pelos sentimentos mal dominados.
Para escapar a esta algazarra, deveis esforçar-vos por não continuar a viver à superfície das coisas, expostos às agitações e às perturbações que aí se produzem, por libertar-vos das inquietações e das preocupações prosaicas e, sobretudo, por mudar a natureza das vossas necessidades.
Cada necessidade, cada desejo, cada aspiração, coloca-vos em determinados trilhos, e assim, segundo a natureza das vossas necessidades, chegareis a uma região infestada de de feras rugindo ou então a uma região povoada de criaturas celestes que vos acolherão com concertos de harmonia.

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No homem, o silêncio é o resultado duma harmonia nos três planos: físico, astral e menta.
Portanto, para introduzir o silêncio em vós, deveis esforçar-vos por criar a harmonia no vosso corpo físico, nos sentimentos e nos pensamentos.

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de  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


em "A via do silêncio"

Colecção Izvor

Edições Prosveta

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