quinta-feira, 8 de agosto de 2013

As flores, os perfumes...


Oferecer flores é uma tradição mais ou menos generalizada universalmente.
Oferece-se flores para manifestar admiração, respeito, amor.

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Olhai uma rosa: sentis imediatamente algo de tão poético que o vosso estado interior se transforma.
Uma sensação, por mais leve que seja, um sentimento, por mais fraco que seja, modifica logo qualquer coisa no mais profundo do vosso ser.
A flor que olhais fala-vos através das suas cores, da sua forma, do seu perfume, e abre caminho em vós, através dos vossos corpos subtis, para despertar na vossa alma a forma, o perfume e a cor que lhe correspondem.
E o mesmo se passa também, é claro, com um objecto repugnante.
É por isso que deveis procurar rodear-vos somente de presenças harmoniosas, belas, puras... porque a sua influência penetra em vós.
E como no domínio espiritual existem qualidades e virtudes que correspondem a esta harmonia, pouco a pouco essas qualidades e essas virtudes começam a manifestar-se em vós.

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Os espíritos das rosas são entidades que vêm do planeta Vénus e que aceitaram encarnar na terra para ajudar os humanos.
Mas as pessoas não conhecem ainda esta missão das rosas e utilizam-nas para ornamentar as casas e os jardins, atrair um homem ou seduzir uma mulher.
Na realidade, a rosa está aqui para nos revelar o caminho de uma maior perfeição, o caminho do verdadeiro amor, o amor que não aprisiona, o amor que liberta.
Eis o papel e a mensagem da rosa.
Se ela é a rainha das flores é porque nos ensina o verdadeiro amor.
No dia em que os humanos compreenderem o sacrifício que ela fez ao vir para o meio deles e aceitarem receber a sua mensagem, talvez comecem a assemelhar-se a ela: por todo o lado onde passarem exalarão para a atmosfera um perfume delicioso.

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Na minha juventude, na Bulgária, quando morava perto do Mestre Peter Deunov e ele me convidava a visitá-lo, eu ficava sempre impressionado com um perfume espantoso que não se assemelhava a qualquer outro, um perfume que não vinha das flores, nem dos frutos, nem de nada do que estava na sala.
Era certamente o perfume da sua alma, do seu coração.Eu era muito jovem, não podia ainda explicar aquilo deste modo, mas em cada visita tinha esta mesma sensação de pureza, de santidade, sob a forma de perfume, e nunca mais o encontrei em lado nenhum, porque, na realidade, aquele perfume não existe no plano físico e devia ser a minha alma que se apercebia dele no plano astral.

Portanto, é muito importante para nós conseguir melhorar, através do nosso trabalho espiritual, a qualidade do perfume dos nossos corpos psíquicos, não para atrair os humanos, não, mas para atrair os amigos do mundo invisível, pois eles gostam dos perfumes de uma alma pura.

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OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

em "O livro da magia divina"
Edições Prosveta

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