segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A importância do começo

Estar consciente das forças que se põe em acção


Nunca devemos empreender o que quer que seja sem estarmos informados sobre as forças que vamos pôr em movimento, pois o essencial é o começo.
É aí, no começo, que as forças se desencadeiam, e essas forças não se detêm no caminho, vão até ao fim.
Se estiverdes numa montanha, tendo por cima de vós um enorme rochedo pronto a precipitar-se pela encosta ao menor balanço, depende de vós deixá-lo estar ou precipitar a sua queda.
Se o puserdes em movimento, depois será impossível pará-lo: ele esmagar-vos-à , a vós e a muitos outros.
E se abrirdes as portas de uma barragem, experimentai depois parar a água!...
É sempre fácil desencadear forças ou acontecimentos, mas é muito difícil controlá-los, orientá-los, dominá-los.
A expressão "aprendiz de feiticeiro" designa precisamente aquele que, de modo imprudente, desencadeou correntes que, de seguida, é incapaz de conter ou orientar.
Quando agitadores desencadeiam uma manifestação, depois não há maneira de a dominar, ela escapa ao seu controlo.

Antes de dizer uma palavra, de lançar um olhar, de escrever uma carta, de dar início a uma acção, tendes todos os poderes, mas depois, acabou-se!, passais a ser somente espectador e, algumas vezes, a própria vítima.
Quer isso se passe no plano físico, no plano astral ou no plano mental, a lei é a mesma.
Se, quando começardes a sentir a cólera apossar-se de vós, decidirdes detê-la imediatamente, ela não eclodirá, mas, se a deixardes explodir, já não podereis deter o seu curso.
E isto também é verdade para certas ideias: se deixardes que elas se instalem em vós, já não conseguireis desenraizá-las.
Então, estai  vigilantes, nunca esqueçais que é no começo que tendes o verdadeiro poder.

...

de OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

em "Regras de ouro para a vida quotidiana"

Colecção Izvor

Edições Prosveta


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