segunda-feira, 30 de setembro de 2013

... A visão infinita da intuição


...

Certas pessoas têm dons de clarividência, vêem formas, cores, entidades, mas esse não é ainda o grau de investigação mais elevado.
O mais alto grau consiste em captar, em compreender as coisas pela intuição sem ver nenhuma forma, nenhuma luz, nada.
Sabe-se com uma certeza imediata e absoluta.
Quantas pessoas vêem formas e cores que não conseguem interpretar correctamente!
Então para que lhes serve essa clarividência?
A intuição, essa é a fusão da inteligência com a sensibilidade, ela dá-nos o conhecimento completo, e neste sentido é superior à clarividência, pois a clarividência mais não é que ver o lado objectivo do plano astral ou mental: vós vedes e ficais aterrorizados ou maravilhados, experimentais sentimentos, mas sem ter o conhecimento nem a compreensão.
Um verdadeiro espiritualista nem sequer se ocupa daquilo que vê no plano astral, não trabalha para isso, está além disso, quer uma resposta superior.
Quando recebe essa resposta da intuição, então sim, pode regressar às regiões da clarividência ou da clariaudiência. Mas primeiro deve visar o objectivo mais elevado, senão essas visões, essas imagens flutuantes, prender-se-ão a ele, detê-lo-ão e impedi-lo-ão de ir mais longe, pois trata-se de um mundo extremamente confuso e de muitas misturas.
Encontram-se nele imagens tão terríveis que já não consegue atravessá-lo tranquilamente para ir mais longe, mais alto, é-se obrigado a parar no caminho, fica-se quase bloqueado na sua evolução.
Por isso, enquanto não se tem o poder de ficar ao abrigo desses perigos, é preferível atravessar rapidamente essas regiões, de olhos fechados, e começar a trabalhar para estimular a intuição.
Existem numerosos métodos para desenvolver a intuição: pode-se praticar exercícios de concentração, de visualização, de contemplação.
Podeis também concentrar-vos sobre o vosso Eu superior e imaginar que Ele vos comunica tudo o que vê, tudo o que sabe.
Mas, mais uma vez, o meio mais eficaz, o menos perigoso, é trabalhar para obter o desinteresse e a pureza.
Tentai nunca querer tirar partido das situações, nunca agir por interesse; só nessa condição é que tudo o que vos impede de ver claro desaparecerá e vós podereis conhecer as coisas e os seres na sua realidade.

de  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

em  "Acerca do invisível"

Colecção Izvor
Edições Prosveta

Sem comentários:

Enviar um comentário