sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Reencarnação


Hoje gostaria de falar-vos da reencarnação, porque por vezes apercebo-me de que esta questão preocupa e inquieta alguns de vós.
Sempre lhes ensinaram que o homem só vive uma vez, e agora, ao ouvir falar de reencarnação, ficam perturbados e bastante confusos.
Poderíamos alongar-nos bastante sobre esta questão, expondo, por exemplo, o que pensavam a este respeito os Tibetanos, os Hindus ou os Egípcios, falando dos seus trabalhos e das suas experiências. Mas contentar-me-ei em interpretar algumas das passagens das Escrituras e provar-vos-ei que o próprio Jesus conhecia e aceitava a reencarnação.
Dir-me-eis que lestes os Evangelhos de fio a pavio sem nunca ter encontrado a palavra «reencarnação». Porém, eu responder-vos-ei que não é de admirar que não se tenha mencionado explicitamente a reencarnação numa época em que toda a gente acreditava nela.
Como é que os evangelistas poderiam suspeitar que era necessário referir especificamente a reencarnação, prevendo uma época em que as pessoas deixariam de acreditar nela?
Os seus escritos foram tão sintéticos que eles não se alongariam sobre um assunto que fazia parte da tradição.
Isto não é convincente?...
Bom, bom, já ireis ficar convencidos.
Estudemos nos Evangelhos certas perguntas que são formuladas por Jesus ou pelos seus discípulos, e as respectivas respostas: « Quem dizem os homens que eu sou?»
Que significa esta pergunta?
Já vistes alguém perguntar: «Quem dizem os homens que eu sou?»
As pessoas sabem quem são e não se interrogam sobre o que os outros dizem a seu respeito. Para fazer semelhante pergunta é necessário acreditar na reencarnação.
E observai o que respondem os discípulos: «Uns dizem que és João Baptista; outros que és Elias; outros que és Jeremias ou um dos profetas.»
Como se pode dizer que alguém é tal ou tal pessoa que já morreu há imenso tempo, se não se tiver como base a ideia da reencarnação?

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E a vós, que seguis um Ensinamento espiritual, que viveis na luz, podem acontecer, de tempos a tempos, alguns acidentes ou alguns infortúnios. Lá porque se está numa Escola Iniciática não se fica ao abrigo de tudo. Para que nada de mau vos aconteça, é preciso que tenhais liquidado todas as dívidas do passado.
Se ainda as trazeis convosco, quer sigais quer não o Ensinamento, quer estejais quer não, na luz, não há nada a fazer, tendes de pagá-las.
Como vedes, a questão torna-se mais clara: vós estais num Ensinamento divino, de acordo, mas é preciso que saibais que esse bem dará resultados no futuro e não no imediato.
Portanto, quando atravessais dificuldades deveis aceitá-las e dizer: «Senhor Deus, isto não pode destruir o bom trabalho que eu tenho feito. Tanto melhor se me surgem estes aborrecimentos, pois eles significam que estou a libertar-me, e isso é bom.
Agora eu sei porque é que tal me acontece, não me revoltarei mais, não voltarei a pedir para ser poupado.»

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de OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

em  "O homem à conquista do seu destino"

Colecção Izvor
Edições Prosveta
Publicações Maitreya

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