Certos acontecimentos da vida quotidiana inspiram-nos sentimentos e emoções que vão ao ponto de vos deixar de rastos.
Mas aprendei a considerá-los de modo a que se tornem uma matéria sobre a qual podeis trabalhar para vos reconstruirdes.
Alguém sofreu uma ofensa, uma injustiça, e acha normal ficar perturbado e até chorar.
Mas, se essa mesma pessoa se encontrar diante da verdadeira beleza, de uma obra de arte, se presenciar um gesto de nobreza, sentirá que perde a sua honra se verter uma lágrima.
Pois bem, eu dir-vos-ei que, pelo contrário, é nos desgostos que devemos mostrar-nos estoicos, impassíveis, mas diante da beleza podemos comover-nos, mostrar-nos sensíveis e verter lágrimas, pois essas lágrimas são como uma chuva celeste que purifica e rega as flores do vosso jardim interior.
As lágrimas de decepção, de amargura, talvez vos tragam um certo alívio, mas não mais do que isso, ao passo que as lágrimas do deslumbramento regenerar-vos-ão,
pois estão impregnadas de uma força divina.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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