O instinto de posse não é, em si, repreensível.
Aquele que quer possuir alguma coisa está no seu direito, é a Natureza que lhe dá esse direito.
O seu corpo físico, por exemplo, pertence-lhe, e é desejável que ele o guarde para si.
Está muito certo ele servir-se do seu corpo para fazer toda a espécie de distribuições (palavras, olhares, sorrisos, saudações, ajuda), mas não dá-lo.
Observai uma árvore: ela preserva as suas raízes, o seu tronco e os seus ramos, mas distribui as suas flores e os seus frutos, para alegria de todos; e as suas folhas também podem ser úteis.
Foi assim que a Natureza pensou as coisas.
O sábio, que compreendeu a lição da Natureza, esforça-se por imitar a árvore: preserva as suas raízes, o seu tronco e os seus ramos - simbolicamente falando -, mas distribui amplamente as suas folhas, as suas flores e os seus frutos, isto é, os seus pensamentos, os seus sentimentos, as suas palavras,
a sua luz, a sua força.
Aprendei vós também a conhecer aquilo que podeis dar e aquilo que deveis preservar.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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