quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O GRÃO DE MOSTARDA (Continuação)

...
Na realidade, existe apenas uma Fraternidade Branca dos grandes Espíritos, e todos aqueles a que se chama diabos, espíritos maus, são obreiros que cumprem a vontade desta grande Fraternidade.
Todos aqueles que descem junto dos homens para os fazer passar por provas, para os tentar, para os fazer sofrer, mais não são do que empregados, funcionários, que existem para lhes dar umas lições, para os fazer evoluir.
Mas põe-se uma questão.
Não era um homem vulgar, mas sim Jesus, aquele que o Espírito levou para o deserto,
 a fim de ser tentado.
Por que razão?
Por que é que lhe enviaram o diabo para o tentar?
Isto parece estar em contradição com aquilo que pensam muitos religiosos, que acreditam que Jesus era o próprio Deus.
Se Jesus era o próprio Deus, por que é que haveria de ser tentado?
O mundo invisível não o conhecia?
Nesse caso, tinha falta de esclarecimento, pois quis saber se Jesus seria sufucientemente forte perante as tentações ou se sucumbiria.
Na realidade, o mundo invisível sabe perfeitamente tudo o que nos diz respeito - a nossa força, a nossa paciência, a nossa resistência, a nossa sabedoria -, pois conhece as qualidades da matéria de que fomos feitos, exactamente como os físicos conhecem as propriedades dos metais: o seu peso, a sua densidade, a sua temperatura de fusão, etc.
Certos metais podem resistir a uma temperatura elevada, outros não.
O mesmo se passa com os homens.
Todos nós somos feitos de uma matéria especial e o mundo invisível sabe muito bem se podemos ou não resistir às diversas tentações da vida, não precisa de nos pôr à prova para saber isso.
Nós é que temos necessidade de conhecer a nossa força, a nossa fidelidade, a nossa bondade, ou então a nossa fraqueza, a nossa maldade.
É por nós próprios que somos postos à prova.
Na evolução ininterrupta que deve conduzir-nos até ao cume, temos de passar por provas, para podermos desenvolver todas as nossas faculdades interiores.
Somos nós, e não o mundo invisível, que precisamos de tomar consciência dessas possibilidades.
Todo o ser que desce à terra, qualquer que seja o seu grau de evolução, assim como tem de se sujeitar a determinados processos de crescimento e atravessar certas etapas da vida física, tem de passar por diferentes provas, para se fortalecer espiritualmente.
A única diferença entre os homens é que cada um atravessa essas provas de acordo com o seu próprio grau de evolução.
Uns sabem tirar proveito delas, outros não.
Uns obtêm benefício de tudo, adquirem riquezas, ao passo que outros sucumbem
 e não se transformam.
Jesus teve de passar pelas mesmas provas que os outros homens; não precisava de aprender, mas tinha de passar por elas.
A natureza das tentações a que Jesus teve de se sujeitar e as respostas que, em cada uma das vezes, ele deu ao diabo são muito significativas.
Por isso, devemos prestar uma grande atenção a este texto, para sabermos adoptar a mesma atitude que Jesus e dar as mesmas respostas, a fim de vencermos as provas que, inevitavelmente, se apresentarão perante nós.

O GRÃO DE MOSTARDA


Capítulo VI (parte)
AS  TRÊS  GRANDES  TENTAÇÕES

«Então, jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo.
Depois de ter jejuado durante quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então, o tentador aproximou-se dele e disse-lhe: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se convertam em pão".
Respondeu-lhe Jesus: "Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que
 sai da boca de Deus."
O diabo levou-o à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: "Se és o
 Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito; e eles te levarão nas suas mãos, com receio de que os teus pés batam em alguma pedra".
Replicou-lhe Jesus: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus".
O diabo transportou-o ainda a uma montanha muito alta, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: "Todas estas coisas te darei se te prosternardes e me adorardes".
Mas Jesus ordenou-lhe: "Arreda Satanás! Pois está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus,
 e só a Ele servirás!"
Então, o diabo deixou-o, e eis que vieram os anjos para junto de Jesus e o serviram.»
São Mateus, 4: 1-11

Com as diferentes passagens dos Evangelhos que vos interpretei nas conferências anteriores, penetrámos nos domínios da alquimia, da astrologia e da Cabala, mas hoje, com esta passagem referente à tentação de Jesus no deserto, entraremos no domínio da magia.
Sei perfeitamente que muitas pessoas, assim que ouvem falar de magia, ficam com medo; não têm a menor ideia de que elas próprias fazem continuamente magia, pois, na vida tudo é magia.
É referido, no início deste capítulo, que Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto,
 a fim de ser tentado.
Eis, desde já, um ponto que deve ser interpretado.
Se foi o próprio Espírito (o bom Espírito) que conduziu Jesus ao deserto para ser tentado pelo diabo, isso prova que os espíritos ditos maus, uma vez que nos tentam e nos fazem passar por provações, são obreiros de Deus e cumprem a vontade daqueles que são mais evoluídos do que eles.
Esta não é a única passagem da Bíblia onde é abordado o papel do diabo.
No livro de Job, é mencionada uma conversa entre Deus e Satanás.
Está escrito o seguinte: «Um dia, em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Eterno, Satanás também estava entre eles.
O Eterno perguntou-lhe: "De onde vens tu?»
E Satanás respondeu: "Venho de dar uma volta ao mundo".
O Eterno disse-lhe: "Reparaste no meu servo Job?
Não há ninguém na terra como ele; é um homem íntegro e recto, temente a Deus e afastado do mal".
E Satanás respondeu ao Eterno: "Será que Job teme a Deus de uma maneira desinteressada?
Não o protegeste, a ele, à sua casa e todos os seus bens?
Abençoas o trabalho das suas mãos e os seus rebanhos cobrem toda a região.
Mas, se estenderes a tua mão e tocares nos seus bens, verás que ele te amaldiçoará
 no teu próprio rosto".
Então, o Eterno disse a Satanás: "Pois bem, tudo o que ele possui deixo-o em teu poder, mas não estendas a tua mão contra a sua pessoa".
Isto prova, pois, que o diabo está ao serviço do Senhor.
A questão do bem e do mal é extremamente complexa e muito poucas pessoas conhecem
 as relações que existem entre eles.

Continua

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 31.10.2018

O círculo com o seu ponto central é um símbolo muito vasto e de uma grande profundidade.
Quaisquer que sejam as dimensões da circunferência, o centro do círculo está sempre limitado
 a um ponto.
Porquê?
Porque a circunferência é a expressão da matéria que retém, que absorve os seres e as coisas, ao passo que o centro representa o espírito que irradia, que projecta.
O espírito não acumula nada, não guarda nada, ele dá, e é por isso que é representado por um ponto minúsculo, ao passo que o círculo é vasto porque recebe e contém as riquezas do espírito.
Vós direis: «Mas então, o espírito perde tudo!»
Não, porque ele vive no interior da matéria que recebeu a sua riqueza; portanto, não perde nada.
Esta lei aplica-se também aos seres que sabem dar verdadeiramente.
Quem dá não perde nada, pois passa a viver em todos aqueles que beneficiaram das suas dádivas:
 o seu espírito está neles.
Por isso, todos os que julgam ter-se aproveitado de alguém, na realidade são habitados por aquele que lhes deu: é ele que se manifesta através deles.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


terça-feira, 30 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 30.10.2018

Em muitas religiões, Deus é comparado a um fogo, mas não se sabe grande coisa sobre esse fogo,
excepto que o seu poder, a sua intensidade, é impossível de suportar.
É o fogo do Espírito puro: em contacto com ele, todas as formas se dissolvem e desaparecem.
Todos aqueles que receberam o beijo desse fogo se fundiram com ele numa mesma chama.
Escreveu-se muito sobre as experiências dos místicos.
Mas, muitas vezes, as explicações dadas eram complicadas, quando, na realidade,
 é tudo muito simples.
A experiência dos místicos é a experiência do fogo, do fogo sagrado.
Um ser que acendeu em si próprio esse fogo divino alimenta-o diariamente, lançando nele pedaços da sua natureza inferior, exactamente como se lança lenha para a lareira.
Observai um fogo a arder: todos aqueles pedaços de madeira morta que até ali estavam separados, dispersos, e eram inúteis, são reunidos pelo fogo numa mesma luz, num mesmo calor, e tornam-se incandescentes até serem idênticos a ele.
Do mesmo modo, sacrificando a sua natureza inferior ao fogo do espírito, o místico conhece o que é Deus, o fogo divino,
pois torna-se semelhante a Ele.

MESTRE OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


segunda-feira, 29 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 29.10.2018

É agradável e útil ter bons amigos, mas é preciso reconhecer que os inimigos também
 têm a sua utilidade.
Se estudardes bem a questão, compreendereis até que, em certos casos, são eles os vossos verdadeiros amigos, pois são impiedosos, não vos poupam nada, farão notar tudo o que em vós não está bem.
Vós direis: «Mas, muitas vezes, eles exageram!»
Sim, é verdade, mas isso não faz mal, eles são como microscópios, e os microscópios,
 muitas vezes, são indispensáveis.
Os cientistas usam-nos todos os dias, pois eles permitem-lhes ver detalhes que, de outro modo, passariam despercebidos.
Portanto, se desejais mesmo aperfeiçoar-vos, em vez de terdes aversão aos vossos inimigos, deveis admitir a sua utilidade.
São eles que vos obrigam a trabalhar, a corrigir-vos, a encontrar soluções para os problemas que vos colocam.
Assim, graças a eles, tornais-vos mais sábios e reforçais-vos.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


domingo, 28 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 28.10.2018

O respeito verdadeiro, respeito que devemos cultivar em relação aos seres, não deve limitar-se ao respeito pelos humanos, pois, para além do homem, e acima dele, existem imensas entidades a que ele não dá importância; muitas vezes, até nem acredita na sua existência, escuda-se no
 "respeito pelo ser humano" para se justificar de não respeitar nada, nem sequer o Criador.
Na realidade, nós não podemos respeitar verdadeiramente os humanos enquanto não tivermos consideração por um mundo que nos ultrapassa.
De outro modo, apesar da nossa boa vontade, arriscar-nos-emos a prejudicá-los, porque haverá em nós propósitos que suprimirão o respeito.
Só quando temos um sentimento sagrado por alguma coisa, ou antes, por um Ser infinitamente grande, o Criador, é que podemos respeitar realmente os humanos.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


sábado, 27 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 27.10.2018

 Seja na sua vida profissional, seja na sua vida familiar, há pessoas que têm tendência para se impor sem sequer se aperceberem de como essa atitude as desgasta.
E aqueles que têm sempre alguém à perna, ordenando: «Faz isto! Não faças aquilo!», também acham muito cansativo.
Eles suportariam melhor a situação se conhecessem os métodos graças aos quais poderiam transformar essas correntes emissivas.
Como é que podem transformá-las?
Adoptando conscientemente uma atitude de passividade: não reagirem exteriormente, mas fazerem interiormente, um trabalho pelo pensamento, até sentirem no plexo solar, que essas energias brutas que a outra pessoa está a derramar neles se tornam uma corrente de
 energias construtivas, vivificadoras.
Aprender a aguentar é uma arte.
Já pensastes por que é que os homens vivem menos tempo do que as mulheres?
É porque eles têm sempre necessidade de se impor, ao passo que as mulheres estão mais habituadas a aguentar, a suportar e, muitas vezes, mesmo inconscientemente,
 adoptando uma atitude passiva, elas reforçam-se.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 26.10.2018

Há homens e mulheres que, no final da sua vida, quando já perderam tudo, já gastaram tudo e já não são capazes do que quer que seja, decidem consagrar-se ao Senhor.
Como é que pessoas que jamais ousariam apresentar-se perante o patrão de uma pequena empresa podem pensar que o Senhor vai tomá-las ao seu serviço?
Quando elas estavam na força da idade, só pensavam em aproveitar os prazeres da vida, para elas estava fora de questão, dedicarem tempo e energias a um trabalho divino.
Mas, quando estão cheias de reumatismos, paralisadas ou senis, apresentam-se para servir o Senhor.
E nem sequer se deve pensar que elas ganharam juízo com a idade.
Não, é só porque já não têm forças para continuar a sua vida de antigamente; elas perderam, inclusive, o gosto pelas coisas.
E esperaram até chegar àquele ponto para se dirigirem ao Senhor, dizendo-Lhe: «Senhor, queres-me ao teu serviço?»
E o Senhor coça a cabeça: mesmo Ele não vê em que é que poderia utilizá-las.
Não se deve esperar até estar decrépito para se pôr ao serviço de Deus.
Há que pensar nisso quando ainda se é jovem e se está cheio de vitalidade.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O QUE É UM MESTRE ESPIRITUAL? (Continuação)

...
Agora, resta saber se, quando esse espelho começar a reflectir alguns dos vossos defeitos, vós não ireis ficar furiosos com ele.
Pelo contrário, deveis agradecer ao Céu e dizer: «Oh! Que catástrofes eu vou evitar, que infelicidades vou afastar dos outros e de mim próprio!»
Mas os humanos não querem ver-se tal qual são, preferem viver nas suas ilusões.
Por isso, um Mestre sabe antecipadamente o que o espera quando abre a boca.
Aquilo que lhe respondem nunca é: «Tem razão», mas: «Não, nunca, está enganado. Não é nada assim como está a dizer.»
Sim, o Mestre é que se engana sempre, eles nunca!
É um problema, para um Iniciado, saber como fazer os humanos aceitarem certas verdades.
Por exemplo, uma irmã vem ver-me e pergunta-me: «Mestre, gostava que me dissesse quais são as minhas fraquezas, os defeitos que devo corrigir. -Não vai ficar vexada? - Não, não, aceitarei tudo.»
Eu começo a dizer algumas palavras e ela começa logo a chorar!
Então, eu digo-lhe: «Se chora, eu tenho que parar, porque está tão obnubilada pelo seu desgosto que já não consegue ouvir nada do que eu estou a explicar-lhe.»
Para se compreender, é preciso não deixar os sentimentos sobreporem-se.
O que é que se pode compreender se se começa logo por ficar vexado e triste?
E não penseis que isto só acontece com aqueles que recebo pessoalmente.
Quando falo na sala, vejo alguns que ficam insatisfeitos com as minhas explicações e que, em vez de me escutarem, se fecham no seu descontentamento.
Se é para não ouvirem, para não compreenderem nada, é inútil virem cá.
Deveis vir cá unicamente com o objectivo de conhecer verdades que não conheceis e que vos ajudarão a transformar a vossa vida.
Para isso, tendes de aceitar ser um pouco sacudidos.
Se eu andar sempre a consolar-vos: «Ah!, coitado, como você é infeliz!», para que é que isso servirá?
Quando uma criança cai e se fere, chora um pouco, é claro.
E se, para a consolar, lhe dissermos: «Oh, meu querido, que horrível, magoaste-te!», ela chorará com mais força e durante mais tempo.
Ao passo que, se lhe dissermos: «Vá, isso não é nada», ela levantar-se-á e pronto!, dois minutos depois já não pensará naquilo.
Ou seja: não é bom estar sempre a consolar as pessoas, pois muitas vezes, essa é a melhor maneira de aumentar a sua fraqueza e a sua preguiça.
O papel de um Mestre não é unicamente o de manifestar muito amor e ternura.
Para os discípulos progredirem e evoluírem, ele também deve mostrar-se severo e dizer-lhes
 certas verdades.
Tanto pior para eles, se não lhes agradar!
Se eu me fosse preocupar com as vossas reacções, com a vossa opinião a meu respeito, acabaria por nunca fazer nada.
Alguns de vós confessaram-me que, no momento em que lhes mostrei as suas fraquezas,
 detestaram-me.
Mas não faz mal, eles que me detestem, eu tenho uma carapaça.
Porém, para lhes fazer bem, sou obrigado a abaná-los um pouco.
Se eles continuarem a julgar-se impecáveis quando, na realidade, se comportam de uma maneira absolutamente vulgar ou mesmo repreensível, que progresso poderão fazer?
É muito melhor conhecerem certas verdades, mesmo que elas os façam sofrer; esses sofrimentos não durarão e o conhecimento que eles terão de si próprios permitir-lhes-á corrigirem-se e evoluírem.
Até ao dia em que, por fim, se aperceberão de que eu fui para eles de uma tal utilidade que me procurarão até nos outros planetas para me agradecerem!



PENSAMENTO QUOTIDIANO - 25.10.2018

Esquecei um pouco tudo o que vos falta.
Quando se tem a possibilidade de abraçar pelo pensamento o Universo inteiro, de comunicar com todas as entidades luminosas que o povoam, como é possível sentir-se pobre e sem recursos?
O que é que ainda vos falta para compreenderdes que sois ricos e que, com essa abundância, podeis ajudar os outros?
Tentai, pelo menos, olhá-los com amor, arrancar do vosso coração algumas partículas benéficas para as projectardes sobre eles.
Nesse momento, não só já não tereis a sensação de falta, como vos sentireis felizes, preenchidos.
Para se ficar mais rico, é preciso começar a dar, ao passo que apenas recebendo ou tirando aos outros, empobrece-se.
E enriquece-se quando se dá, porque se activa em si forças desconhecidas que estavam adormecidas, estagnadas, algures nas profundezas.
A partir do instante em que decidis projectar essas forças, elas começam a jorrar, a circular.
Vós próprios vos questionais: «Mas como é que isto é possível?
Eu dei e agora estou mais rico?»
Sim, o mistério do amor está nisso.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O QUE É UM MESTRE ESPIRITUAL?

Capítulo VI (parte)
O  MESTRE,  ESPELHO  DA  VERDADE

Se um homem não se conhece, se não está consciente dos seus dons e das suas lacunas, das suas possibilidades e das suas insuficiências, não pode conseguir grande coisa da vida nem ter relações harmoniosas com as outras criaturas, e daí decorrem, para ele, complicações, choques, disputas.
Pode-se mesmo dizer que as maiores infelicidades que acontecem aos humanos são devidas a essa falta de conhecimento de si mesmo.
Saber o que se é, o que se representa, o que se é capaz de fazer ou não...
Sim, saber situar-se - é precisamente a este respeito que as pessoas se enganam constantemente, e isso é muito grave.
As empresas, os casamentos, as associações, tudo o que se faz pode ir por água abaixo se, na base, não se tiver colocado um conhecimento claro da sua própria natureza e também da natureza dos outros, evidentemente.
A sabedoria começa pelo conhecimento de si mesmo.
Mas, como conhecer-se?
O homem dispõe dos órgãos necessários ao conhecimento, só que está construído de tal maneira que não pode ver-se a si mesmo.
Ele vê o mundo exterior, vê os outros, mas não se vê a si próprio.
Para se ver no mundo físico, ele precisa de algo físico que possa reflectir a sua imagem: a superfície da água, um espelho...
Precisa, pois, de se ver através de qualquer coisa exterior a ele.
Acontece o mesmo no domínio psicológico: o homem tem necessidade dos outros para descobrir o que é.
Mas os outros, que nem sempre são inteiramente lúcidos e desinteressados, não podem ser espelhos impecáveis e dão-lhe uma imagem deformada dele próprio.
Por razões de que raramente estão conscientes, as pessoas têm simpatias e antipatias, e exageram, por isso, as qualidades e os defeitos dos outros.
Se alguém é vosso inimigo, para ele vós sois antipáticos e, por consequência, ele irá amplificar os vossos defeitos ao ponto de não querer reconhecer em vós a mínima virtude.
«Se é assim, direis vós, vamos aprender a conhecer-nos através de livros. - Muito bem, mas tudo depende dos livros que escolherdes e do nível a que eles vos ajudarão a conhecerdes-vos. - Então, será a vida que nos ensinará a conhecermo-nos. - Ah! Nisso sim, eu acredito, só que será preciso muito tempo e custar-vos-á muito caro.
Acabareis por conhecer-vos um pouquinho melhor, mas os danos serão irreparáveis.»
O meio que eu vos aconsalho, o mais económico, o mais sensato, o mais eficaz, é o de pedirdes ao Céu que vos coloque diante de um espelho perfeito, quer dizer, diante de um ser com uma grande abnegação, um grande desapego, que não tenha qualquer vontade de vos enganar para se aproveitar de vós; e esse espelho só pode ser um verdadeiro Mestre.
Encontrai um Iniciado e perguntai-lhe: «O que é que eu represento?
O que é que existe em mim?
Quais são as fraquezas que eu devo combater e as riquezas e talentos que devo desenvolver?
A que trabalho estou predestinado?»
E ele, que é desinteressado, entrará em comunicação com o Céu e dar-vos-á respostas impecáveis.

Continua

PENSAMENTO QUOTIDIANO 24.10.2018

 As religiões monoteístas apresentaram o Senhor como um ser implacável, vingativo, ciumento, que vê tudo e castiga ao menor erro.
Na realidade, não é assim, o Senhor nem sequer vê os erros dos humanos, Ele é todo amor, vive somente no esplendor.
Mas Ele fez o mundo assente em leis, e essas leis castigam aqueles que as transgridem.
Vós cometestes um erro e sofreis...
Então, orais e sentis que, graças a essa oração, começais a escapar aos vossos tormentos...
Subitamente, tendes a sensação de que atingistes o Trono de Deus.
Mesmo que estejais cheios de pó, com os cabelos desgrenhados, Deus ordena que vos lavem, que vos vistam, e convida-vos para o seu banquete na companhia dos Anjos e dos bem-aventurados.
Quando desceis (porque, evidentemente, sois obrigados a descer, não podeis manter-vos durante muito tempo numa região tão elevada), recomeçam os tormentos...
E eles continuarão até compreenderdes como deveis corrigir os vossos erros para, um dia, conseguirdes permanecer junto de Deus.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


terça-feira, 23 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 23.10.2018

Os homens e as mulheres que obedecem cegamente aos seus impulsos sexuais não sabem a que perigos psíquicos se expõem.
Pode-se compará-los aos alcoólicos: o vinho é uma coisa excelente, mas eles abusaram dele e agora estão num estado lastimável.
A energia sexual também é uma boa coisa, mas, se se abusa dela...
Vós direis que conheceis pessoas que levam uma vida de devassidão, sem que isso as perturbe nas suas actividades.
Sim, claro, a sensualidade é compatível com certas faculdades intelectuais ou artísticas.
Mas se um dia, elas quiserem fazer um trabalho espiritual, não conseguirão, pois terão perdido as suas quintessências mais preciosas.
Aliás, já nem sequer terão esse desejo de se elevarem: as abelhas que se encheram de mel ficam demasiado pesadas e já não conseguem voar.
Acontece o mesmo com os homens e as mulheres que não aprenderam a dominar
 os seus instintos sexuais: não conseguem voar; as regiões celestes estão-lhe vedadas...


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 22.10.2018

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

Eu quero ser-vos útil, quero ver-vos felizes, por isso é que volto tantas vezes a esta questão fundamental: os alimentos da alma e do espírito.
Enquanto não tiverdes aprendido a alimentar a vossa alma e o vosso espírito, sentireis uma insatisfação, um vazio.
Não se deve considerar a ciência espiritual do mesmo modo que se considera as outras ciências.
Estuda-se gramática, matemática, física, química, biologia, etc., e depois de se ter assimilado as noções apresentadas nos manuais, não é preciso repeti-las todos os dias.
Consideremos a gramática: a partir do momento em que aprendestes bem a conjugação dos verbos, a concordância dos adjectivos, etc., não precisais de repetir a mesma lição.
Mas, no que respeita à vida espiritual, não é por serdes capazes de repetir aquilo que lestes que o compreendestes verdadeiramente.
A vida espiritual, pelo contrário, está assente na repetição.
Deveis repetir, aprofundar diariamente as mesmas verdades, até elas se tornarem carne e osso em vós.


domingo, 21 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 21.10.2018

O comunismo e o capitalismo não são unicamente ideologias políticas, mas duas tendências que existem desde sempre no ser humano.
E elas são ambas indispensáveis, pois são complementares: há que ser capitalista para melhor se tornar um comunista.
Vou explicar-vos como.
O ser humano possui um capital, a vida, e também tem os "meios de produção", que são os seus membros e os seus órgãos dos sentidos.
Ele utiliza-os, mantém-nos, aperfeiçoa-os e guarda-os para si: é "capitalista".
Mas, quando o seu capital começa a produzir, ele pode organizar essa produção de modo a fazer os outros beneficiarem com os seus ganhos; ele vivifica, ilumina, aquece: torna-se "comunista"!
Isto significa, pois, que não se pode ser comunista se, primeiro, não se souber ser capitalista, para fazer com que o seu capital dê frutos.
E também não se é bom capitalista se depois não se fizer circular as suas riquezas, pois, de outro modo, tudo o que se possui estagna e apodrece.
Comunismo e capitalismo andam a par: ambos são necessários para o adequado desenvolvimento do indivíduo e o bom andamento do mundo.

sábado, 20 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 20.10.2018


 A Ciência Iniciática traz-vos novos conhecimentos; mas, se não viverdes em harmonia com as leis divinas, esses conhecimentos deixar-vos-ão.
Viver em harmonia com as leis divinas é possuir a verdadeira ciência da vida.
 Então sim, o saber eterno, universal, cósmico, revelar-se-vos-á, e todos os dias fareis novas descobertas, novas luzes se acenderão em vós.
Vós já possuís este saber, sempre o possuístes, mas ele está tão profundamente enterrado que dificilmente podeis tomar consciência dele.
Só a vida harmoniosa, a vida divina, pode fazê-lo vir à superfície; melhor do que qualquer leitura, essa vida é que vos fará conhecer o essencial.
Por isso, não conteis com os vossos conhecimentos livrescos: se não viverdes em harmonia com o Céu, tudo se apagará, perdereis tudo, mesmo os vossos dons e as vossas faculdades.
Mas basta harmonizardes-vos com o mundo divino para descobrirdes o verdadeiro saber, um saber que nunca vos abandonará.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 19.10.2018

Um clarividente é capaz de predizer os acontecimentos que estão para vir porque já os viu anunciados no mundo invisível, pois os acontecimentos que se dão na terra têm a sua origem mais acima, nos planos subtis.
É preciso um certo tempo para eles descerem ao plano físico, mas, como já estão inscritos em cima, ocorrem necessariamente.
A sua realização é o culminar de um longo processo.
Observai uma serpente: qualquer que seja o seu comprimento, a cauda passará sempre por onde a cabeça já passou, pois a cauda segue sempre a cabeça.
Tal como a cauda, o mundo físico segue logicamente o movimento desencadeado nos planos subtis: os planos etérico, astral e mental.

Em nós, a cabeça representa o pensamento e a cauda representa os actos.
Portanto, aquele que tem a paciência de alimentar um ideal espiritual sem nunca desanimar, um dia conseguirá arrastar a cauda, isto é, mudar os seus actos, o seu comportamento,
e até transformar o seu corpo físico.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A ALQUIMIA ESPIRITUAL (Continuação)

...
O banco terrestre enriquece sempre à custa dos outros; ele não tem qualquer compaixão, embora procure sempre convencer o mundo inteiro de que aquilo que faz, sente e pensa, é inspirado unicamente pelo amor e pelo respeito ao próximo.
Mas o simples facto de o homem, para se alimentar, matar ovelhas, vacas, galinhas, coelhos, etc., de ele domesticar os cavalos, os bois, as renas, os camelos e os elefantes, para os ter ao seu serviço e, de massacrar outros animais para obter deles as suas peles ou os seus óleos, é já uma prova de que ele vive à custa dos outros.
Vejamos o que significam as palavras: «Acumulai tesouros no Céu, onde nem os vermes nem a ferrugem entram neles ou os destroem, e onde os ladrões não penetram e não os roubam.»
Mas, para isso, lancemos primeiro um olhar sobre estas três palavras: ferrugem, vermes e ladrões.
Comecemos pela ferrugem.
Sempre se disse que os alquimistas procuravam a pedra filosofal para transformar os metais em ouro, e muita gente acreditou que eles se limitavam a procurar essa transmutação física.
Não, a pedra filosofal não era apenas um segredo para transformar os metais em ouro, mas para transformar também a matéria do homem, que é frágil, vulnerável, e está exposta
 às tentações e às doenças.
Voltaremos a abordar este assunto noutra ocasião.
De um modo geral, a alquimia é considerada, pois, como a arte da transmutação dos metais em ouro.
Mas porquê em ouro?
Porque o ouro é o único metal que é inoxidável, que não é atacado pela água, pelo ar e pelos ácidos, e só é solúvel numa mistura de ácido nítrico e de ácido clorídico, a que se chama água-régia.
O ferro, pelo contrário, oxida-se muito facilmente em contacto com a humidade do ar, e forma-se a ferrugem, que o vai destruindo aos poucos.
Por conseguinte, a ferrugem pode ser considerada como o símbolo das matérias que atacam os metais e, de um modo geral, o reino mineral.
Ora, na hierarquia dos Reinos da Natureza, o reino mineral corresponde ao plano físico; a ferrugem simboliza, portanto, aquilo que destrói o corpo físico, o corpo humano.
Os vermes, esses, encontram-se mais no reino vegetal.
No homem, a vegetação corresponde ao plano astral, ao mundo do coração, dos sentimentos.
Um ser com o coração cheio de ódio, de dúvidas, de orgulho, de desprezo, de violência,
 está à mercê dos vermes.
E por que é que se diz, precisamente, que uma pessoa se rói por dentro?...
Se se cortar um verme em pedaços, pensando que se está a destruí-lo, constata-se que, na realidade, ele se multiplica.
Do ponto de vista simbólico, é um fenómeno muito significativo, que se encontra na narrativa mitológica sobre a Hidra de Lerna, vencida por Hércules.
A Hidra de Lerna era uma serpente monstruosa com sete cabeças, que voltavam a crescer quando eram cortadas; para a vencer, era necessário cortar as sete cabeças de uma só vez.
Hércules conseguiu vencer a hidra pelo fogo.
Esta hidra representa os sete pecados capitais, que renascem à medida que se tenta aniquilá-los.
Só há um meio para os destruir: o fogo do amor divino, que queima todas as cabeças
 ao mesmo tempo.
Mas aquilo que eu queria dizer-vos, simplesmente, é que, ao falar dos vermes, Jesus queria designar os inimigos que nos atacam no plano astral.
Os ladrões são também um símbolo.
O ladrão espera que a noite caia para dar os seus golpes.
Quando, finalmente, já se apagaram todas as luzes, quando as pessoas adormeceram, 
ele infiltra-se na casa.
Os ladrões são o símbolo dos inimigos do plano mental.
Alguém cujo intelecto está obscurecido ou adormecido será atacado pelos ladrões, pois os ladrões penetram em toda a parte onde reina a escuridão.
Estes ladrões são entidades invisíveis, dúvidas, inquietações, que se infiltram em vós.
O que significam esses pensamentos que vos deixam despojados, fracos, esgotados?
Não será isso a prova de que os ladrões vieram e levaram os vossos bens?
Vós afirmais que os ladrões nunca vieram a vossa casa!... 
Então, mostrai-me os vossos tesouros de força, de alegria, de paz...
Não tendes nada para mostrar?
É porque os ladrões vieram.
Os ladrões são os pensamentos que trabalham na escuridão para vos tirarem as vossas inspirações, os vossos impulsos para a acção, a vossa fé, etc.



PENSAMENTO QUOTIDIANO - 18.10.2018

 Pelo facto de o homem ter sido criado à imagem de Deus, qualquer que seja o grau de decadência ou de desespero em que ele possa cair, é impossível que se perca definitivamente: será sempre retido
 na beira do abismo.
Por momentos, podemos pensar que um ser está a precipitar-se de cabeça no vazio.
Mas, na realidade, faça ele o que fizer, sejam quais forem os perigos a que se exponha, acabará por ser salvo, pois também tem o selo divino profundamente inscrito em si mesmo: é esse selo, esse cunho que, mesmo no momento em que se pensa que ele está a perder-se para sempre, o retém como uma mão poderosa e lhe dá a possibilidade de retomar o caminho da luz.
Fixai bem isto: mesmo que o ser humano seja presa de forças obscuras que o arrastam para o abismo, nunca nada está irremediavelmente perdido, pois o Criador pôs nele uma espécie de fecho de segurança: uma centelha que será, eternamente, o testemunho da sua pertença ao Divino.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A ALQUIMIA ESPIRITUAL

Capítulo V (parte)
ACUMULAI TESOUROS

«Não acumuleis tesouros na terra, onde os vermes e a ferrugem os destroem, e onde os ladrões penetram e os roubam; mas acumulai tesouros no Céu, onde nem os vermes nem a ferrugem entram neles ou os destroem, e onde os ladrões não penetram e não os roubam.
Pois, onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração.»
«Ninguém pode servir dois senhores, pois ou odiará um e amará o outro, ou afeiçoar-se-á a um e desprezará o outro.
Não podeis servir Deus e Mammon.»
São Mateus, 6:19-20 e 24

Esta passagem do Evangelho de São Mateus deve ser confrontada com o capítulo 16 de São Lucas, acerca do administrador infiel, de que vos falei na semana passada.
Primeiro, porque ambas tratam de maneira idêntica a questão das riquezas, e depois porque uma e outra são seguidas de um comentário sobre os dois senhores: «Ninguém pode servir dois senhores...
Não podeis servir Deus e Mammon.»

Eu insisto de novo na facto de as palavras de Jesus terem de ser estudadas com grande atenção, pois tudo nelas foi pesado, medido, calculado.
«Não acumuleis tesouros na terra, onde os vermes e a ferrugem os destroem, e onde os ladrões penetram e os roubam; mas acumulai tesouros no Céu...»
Para Jesus, existem pois, duas espécies de bancos - os bancos da terra e os bancos do Céu - que, evidentemente, têm também muitos empregados, ocupados com tarefas diferentes.
Mas é o próprio homem que representa esses dois bancos que funcionam simultaneamente num edifício comum, e esses bancos são sucursais dos dois banco cósmicos, que os alimentam.
Não fiqueis surpreendidos por eu utilizar a imagem de um banco para comentar os Evangelhos.
A vida do nosso mundo visível está construída segundo o modelo das realidades invisíveis; os seus mecanismos não passam de reflexos da vida superior.
O que está em baixo é um reflexo do que está em cima; um reflexo, digo bem, pois não é possível encontrar na terra a beleza e a luz do mundo invisível, mas existem correspondências que permitem comparar os dois mundos e compreender o que se encontra no mundo do Alto graças àquilo que vemos no mundo aqui de baixo, o nosso mundo.
Estes dois bancos - o da terra e o do Céu - são a personalidade e a individualidade,
 de que já vos falei na conferência anterior.
Pode dizer-se que um banco terrestre se compões, sumariamente, de três serviços diferentes.
O primeiro serviço é o dos depósitos; são os cofres-fortes, onde se guardam as reservas.
O segundo serviço ocupa-se dos câmbios e dos empréstimos.
O terceiro trata das operações financeiras, das especulações.
Estes três serviços encontram-se exactamente na estrutura da personalidade.
Os cofres-fortes correspondem às reservas do corpo físico.
O serviço de câmbios corresponde aos sentimentos, ao plano astral, ao mundo do coração, onde continuamente, se fazem trocas com base no juro.
O serviço das especulações corresponde ao plano mental, ao intelecto, que só pensa em fazer cálculos nas costas dos outros, imaginando sempre aquilo que poderá ganhar com a sua ruína, actual ou futura.
Personalidade
corpo mental: especulações;
corpo astral: câmbios, empréstimos;
corpo físico: depósitos, cofres-fortes.

Continua
 

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 17.10.2018

Mesmo que gostem do seu trabalho, os homens e as mulheres só são tocados superficialmente pela sua actividade profissional.
Ir à fábrica, ao escritório, vender numa loja, fazer investigações num laboratório, instruir crianças, 
só põe em acção uma parte das suas faculdades.
É por isso que, tantas vezes, a sua actividade profissional os fatiga, os aborrece.
A única maneira de vencer a fadiga e o aborrecimento é fazer, ao mesmo tempo, um trabalho pelo pensamento, pelo sentimento, pela vontade.
Esse trabalho dará um sentido mais vasto à vossa actividade e tocará as raízes do vosso ser.
E só se pode descobrir esse sentido pela ideia de aperfeiçoamento.
Portanto, de agora em diante, pensai em fazer convergir todas as vossas actividades para um único objectivo: o vosso aperfeiçoamento.
Será assim que desencadeareis em vós forças que vos transformarão profundamente.
Esse trabalho, o único verdadeiramente útil, nunca vos causará fadiga nem aborrecimento.
Ganhai-lhe o gosto, ao ponto de nunca deixardes passar um dia sem sentirdes que, através das vossas diferentes actividades, conseguistes pôr em acção forças benéficas, em vós e em vosso redor.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


terça-feira, 16 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 16.10.2018

 Certos acontecimentos da vida quotidiana inspiram-nos sentimentos e emoções que vão ao ponto de vos deixar de rastos.
Mas aprendei a considerá-los de modo a que se tornem uma matéria sobre a qual podeis trabalhar para vos reconstruirdes.
Alguém sofreu uma ofensa, uma injustiça, e acha normal ficar perturbado e até chorar.
Mas, se essa mesma pessoa se encontrar diante da verdadeira beleza, de uma obra de arte, se presenciar um gesto de nobreza, sentirá que perde a sua honra se verter uma lágrima.
Pois bem, eu dir-vos-ei que, pelo contrário, é nos desgostos que devemos mostrar-nos estoicos, impassíveis, mas diante da beleza podemos comover-nos, mostrar-nos sensíveis e verter lágrimas, pois essas lágrimas são como uma chuva celeste que purifica e rega as flores do vosso jardim interior.
As lágrimas de decepção, de amargura, talvez vos tragam um certo alívio, mas não mais do que isso, ao passo que as lágrimas do deslumbramento regenerar-vos-ão,
 pois estão impregnadas de uma força divina.

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV





segunda-feira, 15 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 15.10.2018

Estar feliz ou infeliz, alegre ou triste...
Frequentemente, são estados de consciência muito relativos.
Vou dar-vos um exemplo que vos recordará, sem dúvida, experiências por que já passastes.
Vós estais a um canto sem nada para fazer, um pouco tristes, a vida parece-vos sem cor, sem gosto...
Subitamente, dão-vos uma má notícia: houve um acidente, um membro da vossa família ou um amigo muito querido ficou gravemente ferido, talvez não sobreviva...
Então, evidentemente, ficais destroçados, o que é normal.
Mas, algumas horas mais tarde, ficais a saber que vos informaram mal, que foi um erro,
 houve uma confusão.
Então, subitamente, que mudança!
Agora, a vida parece-vos tão leve, bela e rica!
Mas por que é que ela não vos parecia assim antes?
Por que é que foi preciso anunciarem-vos, por erro, que talvez fôsseis perder um familiar ou um amigo, para tomardes consciência de que antes já éreis felizes?

domingo, 14 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 14.10.2018


Simbolicamente, pode dizer-se que a electricidade é o modo de aquecimento
 que corresponde aos espiritualistas.
Porquê?
Porque os verdadeiros espiritualistas são seres que sabem fazer funcionar os seus aparelhos interiores, ligando-se directamente a essa central eléctrica que o mundo divino é: giram o interruptor e sentem imediatamente um calor benfazejo, que enche o seu coração.
Também simbolicamente, podemos dizer que os humanos, na sua maioria, recorrem para se aquecer, à madeira, ao carvão, ao petróleo, ao gasóleo, ou seja, a sentimentos, emoções e desejos grosseiros; e têm de retirar constantemente as cinzas, as escórias, pôr mais combustível...
Mas sem grande resultado; mesmo que provoquem incêndios com as suas paixões descontroladas, têm sempre frio.
No entanto, todos os seres possuem, nos seus corpos subtis, "aparelhos" que permitem produzir instantaneamente um calor benfazejo; para os porem em funcionamento, eles devem procurar o contacto com o mundo divino.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sábado, 13 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 13.10.2018


 Por certo já passastes por este tipo de experiência: no final do dia, sentíeis-vos atormentados, abatidos; depois, fostes dormir e, no dia seguinte, acordastes completamente regenerados.
O que se passou?
Muito simplesmente, ao adormecerdes, conseguistes fugir, entrastes noutro mundo, onde os inimigos que vos perseguiam não foram capazes de vos apanhar.
Este deslocamento ocorre automaticamente à noite, durante o sono; mas nada vos impede de vos deslocardes também conscientemente, no estado de vigília.
As preocupações, as perturbações e as tristezas que sentis são entidades que vos perseguem, e a única maneira de lhes escapar é mudar de plano.
Se sentis uma perturbação no coração, transportai-vos para o intelecto.
Se ela vos perseguir no intelecto, fugi para o coração ou para a alma.
Se ela também conseguir apanhar-vos na alma, refugiai-vos no espírito.
Quando atingirdes a região do espírito, nada nem ninguém poderá atormentar-vos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 12.10.2018

O instinto de posse não é, em si, repreensível.
Aquele que quer possuir alguma coisa está no seu direito, é a Natureza que lhe dá esse direito.
O seu corpo físico, por exemplo, pertence-lhe, e é desejável que ele o guarde para si.
Está muito certo ele servir-se do seu corpo para fazer toda a espécie de distribuições (palavras, olhares, sorrisos, saudações, ajuda), mas não dá-lo.
Observai uma árvore: ela preserva as suas raízes, o seu tronco e os seus ramos, mas distribui as suas flores e os seus frutos, para alegria de todos; e as suas folhas também podem ser úteis.
Foi assim que a Natureza pensou as coisas.
O sábio, que compreendeu a lição da Natureza, esforça-se por imitar a árvore: preserva as suas raízes, o seu tronco e os seus ramos - simbolicamente falando -, mas distribui amplamente as suas folhas, as suas flores e os seus frutos, isto é, os seus pensamentos, os seus sentimentos, as suas palavras,
 a sua luz, a sua força.
Aprendei vós também a conhecer aquilo que podeis dar e aquilo que deveis preservar.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 11.10.2018

Muitas vezes, são as vossas mãos que revelam o vosso estado interior, mais do que
 qualquer outra parte do corpo.
Por isso, quando quereis acalmar-vos, recuperar a ordem e a harmonia em vós, vigiai particularmente as vossas mãos.
Com efeito, podeis pensar que estais descontraídos, mas as vossas mãos permanecem crispadas e é nelas que deveis focar a vossa atenção.
Certas pessoas agitam as suas mãos quando falam.
Mesmo quando não falam, cruzam-nas, descruzam-nas, manipulam objectos sem qualquer necessidade, coçam-se, fazem rabiscos num papel, tamborilam com os dedos...
Imobilizar e descontrair as mãos é um exercício dos mais difíceis.
Por isso, observai-vos bem: se conseguirdes descontrair verdadeiramente as vossas mãos,
 sentireis um bem-estar até no vosso plexo solar.
 
 
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 10.10.2018

A religião cristã ensina que, depois da morte, as almas humanas vão para o purgatório expiar os pecados que cometeram durante a sua vida terrestre.
Na realidade, a vossa verdadeira evolução ocorre na terra, não fora dela.
Aquele que, por causa das suas falhas, está condenado, após a sua morte, a sofrer nas regiões do plano astral chamadas "purgatório", depois tem de voltar à terra para reparar o mal que fez, pois não basta sofrer: o sofrimento não é uma reparação para os erros que se cometeu.
Uma vez que é na terra que o ser humano comete erros, é na terra que ele tem de vir repará-los.
Não há outra explicação para a reencarnação.
Se ele já tivesse expiado os seus erros no além, por que haveria de voltar a descer?
Na realidade, existe uma lei segundo a qual cada um tem de reparar os seus erros em todas as regiões do Universo onde esses erros provocaram estragos e, portanto, também no plano físico.
É assim que ele se instrui e se melhora.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 09.10.2018


 Por estar sujeito às limitações da matéria, o nosso espírito não pode manifestar-se plenamente.
Na sua própria esfera, no Alto, ele tem poderes ilimitados, é omnipotente.
É a matéria aqui, em nós e à nossa volta, que lhe impõe limites.
Mas, graças à continuidade dos nossos esforços quotidianos, pouco a pouco o espírito abre um caminho para si e acaba por triunfar sobre os obstáculos e transformar tudo.
Diz-se que o espírito tem poderes "sobrenaturais".
Não, na realidade não há nada de sobrenatural.
Aquilo a que se chama milagres ou prodígios, todos esses acontecimentos que, aparentemente, contradizem as leis da Natureza, não são sobrenaturais, nem supranaturais, nem antinaturais: apenas obedecem a outras leis, igualmente naturais, que são as do espírito.
Esforçai-vos por purificar a matéria do vosso corpo físico e dos vossos corpos psíquicos, e sentireis que também em vós se realizam os "milagres" do espírito.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 08.10.2018


 Imensas pessoas se lamentam por não conseguirem encontrar o sentido da vida!
Elas não sabem que só o mundo espiritual pode dar-lhes o sentido da vida;
e ele só o dá àqueles que, durante longos anos, fazem esforços para se elevarem até ele.
Dar um sentido à sua vida é a recompensa de um trabalho interior, paciente, incessante, que o homem começou a fazer sobre si mesmo.
Quando ele chegou a um certo estado de consciência, recebe um elemento precioso, como que uma gota de luz, uma quinta-essência que impregna toda a matéria do seu ser.
A partir desse momento, a sua vida ganha uma dimensão e uma intensidade novas, ele tem uma
 nova visão - uma visão clara - dos acontecimentos, como se lhe fosse dado conhecer a
 verdadeira razão de cada coisa.
Mesmo a morte não o assusta, porque essa partícula que ele recebeu do Céu mostra-lhe um mundo onde já não existem perigos nem trevas e ele sente que já segue pelo caminho infinito da luz.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV
 

domingo, 7 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 07.10.2018

Vós sentis a necessidade de ser reconhecidos, apreciados, por tudo o que fazeis de bom e de útil.
É normal.
Contudo, se quereis sentir-vos livres, é preferível libertardes-vos dessa necessidade.
Observai-vos: enquanto esperais alguma coisa dos outros, estais vulneráveis.
Se não vos manifestam a estima, o reconhecimento, o amor, que julgais merecer,
 ficais desiludidos, tristes.
Mas porquê?
Sois filhos e filhas de Deus; não vos basta que o vosso Pai Celeste reconheça os vossos méritos?
Vós inquietais-vos, atormentais-vos, porque certos seres humanos - por vezes, pessoas tão vulgares! - não manifestam para convosco, estima, respeito e admiração.
Mas perdeis o vosso tempo, pois eles estão-se nas tintas para o vosso amor-próprio ferido.
Enquanto tiverdes necessidade de que os outros reconheçam os vossos méritos, não podereis avançar.
Esquecei um pouco tudo isso e sentir-vos-eis muito mais libertos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


sábado, 6 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 06.10.2018

Alguém diz: «Eu só acredito naquilo que vejo!»
Essa pessoa prova, muito simplesmente, que não reflecte.
Sim!
Do que é que ele se ocupa, dia e noite?
Dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, mas também dos pensamentos e dos
 sentimentos dos outros.
Ora, ela vê-os?
Não.
Então, como é que esses pensamentos e esses sentimentos representam para ela uma tal realidade?
Dois seres amam-se; eles não vêem o seu amor, não o tocam, mas por causa dele estão prontos a revolver o Céu e a Terra.
E a alma e a consciência, quem as viu?
Quando, num tribunal, o juiz condena um malfeitor «na sua alma e na sua consciência»,
como é que se pode aceitar que a sorte de um homem seja decidida em nome
 de algo que nunca se viu?
Sem quererem admiti-lo, os humanos só crêem em coisas invisíveis, impalpáveis.
Eles pensam, amam, detestam, sofrem, regozijam-se...
O que os torna capazes de terem esses pensamentos e esses sentimentos permanecerá invisível mas, ao mesmo tempo, eles teimam em afirmar que só acreditam naquilo que vêem.
Que contradição!

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 05.10.2018

Vós acendeis um fogo: surge uma chama que dá luz.
Fogo e luz quase se confundem mas, quando se diz fogo, subentende-se a causa: a luz é uma consequência, não há luz sem fogo.
Mas o que é o próprio fogo, isso não se sabe.
Só se pode conhecê-lo por intermédio destas duas manifestações: a luz e o calor.
A Santíssima Trindade é uma das representações simbólicas deste grande mistério que é o fogo.
O fogo é o Pai.
Do Pai procedem o Filho - ou o Cristo -, que é a luz, a sabedoria,
e o Espírito Santo, que é o calor, o amor.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 04.10.2018


 A Iniciação  é uma ascese que ensina o homem a vencer as suas fraquezas e todas as suas
 tendências inferiores.
Pode-se compará-la ao buraco estreito que a serpente procura na terra ou nas rochas para aí
 se libertar da sua velha pele.
Por isso, Jesus dizia:«Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz à perdição.»
O discípulo prepara-se para passar pela porta estreita que lhe tirará a sua velha pele.
Em vez de se perturbar e de ter medo, ele deve regozijar-se por se tornar um homem novo, com pensamentos, sentimentos e um comportamento novos, dignos de um filho ou de uma filha de Deus.
Podemos dizer que, ao longo da sua existência, todo o ser humano passa necessariamente por duas portas: a do nascimento e a da morte.
Mas existe uma terceira porta, a da Iniciação, e por esta só podem passar aqueles que são capazes de realizar um grande trabalho de purificação e de desapego.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 03.10.2018


 Os pais são considerados responsáveis pelos erros que os seus filhos cometem
 até atingirem a maioridade.
Quando eles causam estragos, na escola ou noutro lugar, é aos pais que as pessoas vão queixar-se e pedir que assumam a reparação do que ficou estragado.
Se eles recusam, são levados a tribunal.
Em nós passa-se o mesmo.
Se nos deixarmos ir atrás de maus pensamentos, de maus sentimentos, é como se tivéssemos filhos
terríveis que vão por toda a parte, no mundo invisível, fazer estragos,
e a Justiça Divina pedir-nos-á contas.
Vós direis que os vossos pensamentos e os vossos sentimentos
são incontroláveis e que não sois responsáveis por eles.
Estais muito enganados!
Do mesmo modo que sois responsáveis pelos vossos actos, sois responsáveis pelos vossos pensamentos e pelos vossos sentimentos; é um dos princípios essenciais da Ciência Iniciática,
 pois os pensamentos e os sentimentos são entidades vivas e actuantes
que tendes o dever de educar.
As leis humanas só vos julgam relativamente aos vossos actos, mas as leis divinas julgam-vos também relativamente aos vossos pensamentos e aos vossos sentimentos.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

terça-feira, 2 de outubro de 2018

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 02.10.2018


 Os dois princípios, masculino e feminino, que são os princípios "espírito" e "matéria",
 têm origem no Alto, nas regiões celestes.
Mas estes dois princípios agem em todos os planos, pois é em todos os planos que se
 manifesta a sua polaridade.
Vós mesmos, quando trabalhais, sois o espírito que age sobre a matéria.
Isso já é verdadeiro quando quereis fabricar um objecto ou simplesmente preparar uma refeição.
Mas é ainda mais verdadeiro em relação à actividade espiritual.
Quando tomais consciência da necessidade de melhorar certas coisas em vós e decidis fazer esse trabalho, polarizais-vos: existe o princípio masculino - vós mesmos, o vosso espírito - e o princípio feminino - a vossa matéria psíquica, sobre a qual quereis trabalhar...
Deveis aprender, pois, a distinguir o eu do não-eu e a afastar-vos daquilo a que vulgarmente chamais o vosso eu mas que, na realidade, não é vós, para vos aproximardes do que é verdadeiramente vós:
o vosso Eu Divino.
É então que começa o verdadeiro trabalho do espírito sobre a matéria.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV