Alguém diz: «Eu quero fazer o bem, peço a Deus que me oriente na via do bem, mas caio sempre onde não devo; por que é que Ele me deixa extraviar-me?
Evidentemente, Deus é que tem a culpa, e não ele!
Mas será que ele, esse ser magnífico que quer o bem, já se interrogou sobre o que quer realmente?
Quer um bem que seja fácil de realizar, um bem que não perturbe os seus projectos pessoais, que não se oponha à sua necessidade de conforto, de prazer, de riqueza, de poder, de glória.
Então, o que pode fazer o Senhor com um ser que construiu para si próprio uma concepção tão ligeira e preguiçosa do bem?
Deixa-o agir e ir para onde ele quiser.
Aquele que tem, verdadeiramente, um alto ideal de justiça, de bondade, de generosidade, e que não se poupa a esforços para realizar esse ideal, recebe interiormente alguns conselhos sobre a via a seguir.
Mesmo que não encontre essa via desde o início, algo o impelirá a parar a tempo e a fazer marcha atrás para se pôr no bom caminho.
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