terça-feira, 10 de junho de 2014
CONTEMPLAR A VERDADE: ÍSIS SEM VÉU
O que me preocupa todos os dias é o desejo de vos ser útil; sim, como trazer-vos qualquer coisa de que não falei nas conferências anteriores, um elemento novo, uma verdade nova.
Direis:«Uma verdade nova?»
Sim, porque a verdade, esse princípio eterno para o qual devemos dirigir-nos, é constituída por uma grande quantidade de verdades, do mesmo modo que um organismo é formado por milhões e milhões de células. Só que esta Verdade, que é a síntese de todas as verdades, não pode ser-nos revelada imediatamente por nenhuma palavra, por nenhuma leitura.
Nós somente podemos conhecer as verdades que nos aproximam cada vez mais da quinta-essência sublime, perfeita, que é a Verdade.
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A verdade é um mundo real, um mundo que existe como luz, beleza, harmonia, perfeição.
Para penetrar nesse mundo é necessário que algo em nós possa pôr-se em uníssono com ele.
Há em nós uma faculdade superior que pode ver a verdade, uma faculdade que nunca foi despertada nem afinada e sobre a qual devemos trabalhar.
Podemos chamar-lhe "intuição"; é uma faculdade do espírito.
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A verdade é um mundo de perfeição que tem manifestações nos três planos; espiritual, psíquico e físico: através das virtudes no plano espiritual, através dos pensamentos e dos sentimentos no plano psíquico, através das formas, das cores, dos sons, etc., no plano físico.
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Só pode encontrar a verdade aquele que é capaz de despir a Natureza de todos os seus invólucros. E era isso que se ensinava aos discípulos na Iniciação: levantar o véu de Ísis.
A deusa Ísis, é na religião egípcia, a esposa do deus Osíris.
Nesta grande figura feminina, os Iniciados viram um símbolo da Natureza Primordial da qual provieram todos os seres e todos os elementos da Criação.
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O véu de Ísis é o mistério da Natureza viva que nós ainda não conseguimos penetrar.
E na palavra "Natureza" temos que englobar igualmente o ser humano: ele também está envolto em véus como a Natureza e, é por isso que sente tantas dificuldades para se conhecer e para conhecer os outros.
O verdadeiro conhecimento exige que consigamos elevar-nos até às regiões sublimes do espírito.
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