Com o passar dos anos, a maioria dos humanos perde o gosto pelas coisas: eles respiram, comem, bebem, caminham, vêem, ouvem, sem que a sua consciência participe propriamente nessas actividades; dir-se-ia que a sua sensibilidade diminuiu pouco a pouco.
Mas eis que alguém fica gravemente doente: durante meses, essa pessoa tem de ficar imóvel e isolada numa cama, onde vive uma existência vegetativa. Depois, um dia, entra em convalescência, e aí, de repente, os alimentos, o ar, a luz, parecem-lhe deliciosos.
E que alegria ela sente por poder deslocar-se de novo livremente, por sair e ir contemplar o céu, as árvores e toda a natureza, por escutar o vento e os cantos das aves!
É esse o lado bom de certas doenças.
Mas será razoável esperar até ter um acidente ou até ficar doente para recuperar o gosto pelas coisas?
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 30.04.2014
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