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A juventude de hoje pensa que alcançou uma grande vitória ao obter a liberdade sexual.
Sim, é verdade, é uma grande vitória contra a hipocrisia e a estreiteza de espírito que reinaram durante gerações. Mas, ficou o problema da sexualidade resolvido desta maneira?... Após o recalcamento, o "extravasamento"...
Ao permitir que os jovens façam experiências precipitadamente num domínio que não conhecem, abre-se-lhes a porta a todos os desarranjos físicos e psíquicos, porque, para resolver os problemas, não basta aconselhar o uso de preservativos e de contraceptivos ou permitir o aborto.
E proibi-los também de nada serve.
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É preciso explicar aos jovens o que é a força sexual, como ela está ligada ao amor.
Já fiz dezenas de conferências sobre este tema*.
A força sexual é uma força milenar contra a qual é impossível lutar, mas isso não é razão para nos deixarmos arrastar por ela.
Os jovens devem saber que existem métodos para a canalizar e a orientar, a fim de que ela contribua para o desenvolvimento psíquico, moral e espiritual do homem.
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Assim: toda a manifestação fisiológica é uma combustão; mesmo somente ao falar e ao pensar, o homem queima materiais. E esta combustão produz detritos.
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Como podereis imaginar, então, que nas efervescências sexuais não dispendeis nada, não perdeis nada?
É aí, justamente, que os dispêndios são maiores, porque ocasionam, não apenas uma perda de energias físicas, mas também uma perda das energias psíquicas mais subtis e mais preciosas.
E, quando tiverdes gasto estas energias, tereis perdido tudo o que poderia dar-vos inspiração e vontade de vos aproximardes do mundo da beleza.
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Quando vos falo em renunciar, quero apenas levar-vos a compreender que se pode substituir certos prazeres materiais e grosseiros por outros mais subtis, mais espirituais.
Quando um médico constata que um homem está a comprometer a sua saúde porque consome carnes, doces e bebidas alcoólicas em excesso, ele não o aconselha a não comer nada.
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Então, ele recomenda-lhe que substitua esses alimentos por outros mais saudáveis mais leves.
Pois bem, é o que eu também vos aconselho, mas num outro domínio.
Não vos incito a morrer de fome, mas a alimentardes-vos de maneira diferente.
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* Ver o nº. 205 desta Colecção: "A força sexual ou o dragão alado".
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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