Não se deve considerar o optimismo e o pessimismo como simples questões de temperamento; optimismo e pessimismo supõem duas filosofias de vida.
Só quem procura os bens espirituais pode ser verdadeiramente optimista; ao passo que quem se concentra nos bens materiais, mesmo que comece por estar cheio de esperança, mais cedo ou mais tarde acabará por abandonar as suas ilusões.
O pessimista não vê mais longe do que as pequenas coisas da terra.
O optimista, pelo contrário, abre a sua alma às vastas extensões do céu, pois sabe que a predestinação do homem é voltar, um dia, para a sua pátria celeste.
No caminho que conduz a essa pátria, ele encontrará o mal, evidentemente, sob todas as suas formas, sofrerá, duvidará dos outros e de si mesmo, desanimará. Mas, mesmo nos piores momentos, não soçobrará, porque no seu coração, na sua alma, tem registada esta verdade: Deus criou-o à sua imagem e essa imagem de Deus contém, em potência, todas as riquezas, todas as vitórias.
Se há algo de que nunca devemos duvidar é de que um dia voltaremos à nossa pátria celeste, ao passo que com aquilo que se empreende na terra, o sucesso é muito mais duvidoso e, em todo o caso, é efémero.
Quando um estudante não conseguiu passar num exame várias vezes, fazem-no compreender que é inútil insistir e que deve desistir.
Mas, quando se trata da nossa predestinação divina, ela está tão profundamente inscrita em nós que, um dia, após muito trabalho, chegaremos ao objectivo.
E, é isso, verdadeiramente, o optimismo.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 27.04.2014
Sem comentários:
Enviar um comentário