domingo, 13 de abril de 2014

PENSAMENTO QUOTIDIANO

Perante os destinos de certos seres humanos, somos tentados a dizer que tais existências não têm sentido.
Seres que tinham possibilidades de aprender, de compreender, de fazer qualquer coisa de útil, mas que, aparentemente, não aprenderam nada, não compreenderam nada, não fizeram nada a não ser asneiras!
Será que valeu a pena eles viverem?...
Pois bem, esse é um raciocínio muito mau.
A existência actual de um ser é apenas um elo de uma longa cadeia.
Para se compreender o que um homem ou uma mulher vive numa das suas incarnações não se deve considerar essa incarnação isoladamente, mas sim ligá-la a todas as suas incarnações passadas, ao longo de séculos e milénios, e, ao mesmo tempo, saber que essa existência prosseguirá no futuro.
As pessoas enganam-se sempre acerca do significado a dar ao presente, se não o posicionarem nessa continuidade que vai de um passado longínquo a um futuro ainda mais longínquo.
Quando não se sabe que sentido dar à vida das pessoas, não se deve dizer que ela não tem sentido algum, e, sejam quem forem os seres, é um assunto sobre o qual não se tem o direito de emitir juízos.
Todas as vidas têm um sentido e, mais do que pronunciar-se sobre a vida dos outros, cada um deve procurar dar cada vez mais sentido à sua própria vida para preparar o seu futuro.


de  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV  -  14.04.2014

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