Alguém que decide, um dia, abandonar a sua antiga vida para seguir o caminho espiritual deve saber que corre o risco de encontrar muita incompreensão da parte de quem o rodeia.
Mas isso não deve fazê-lo desanimar!
E, sobretudo, é preciso estar bem consciente de que é a ele, em primeiro lugar, que cabe mostrar-se sensato e conciliador.
Que ele não comece, desculpando-se com a vida espiritual, a descurar as suas obrigações familiares, a distanciar-se dos outros, a repreendê-los pelo seu comportamento e a dar-lhes sermões.
Se ele quer convencê-los da justeza e da sinceridade das suas aspirações, deve usar a sua inteligência e o seu coração para viver em harmonia com a sua família, os seus amigos, os seus vizinhos, os seus colegas de trabalho.
Acima de tudo, que ele não se deixe cair no fanatismo e mantenha uma atitude de abertura e compreensão: será a melhor maneira de mostrar que seguiu uma orientação correcta.
Quando alguém se põe a proclamar a todo o instante que encontrou a verdade e a querer impô-la aos outros, isso prova, pelo contrário, que não a encontrou, e só se torna insuportável e ridículo.
É pela doçura, pela gentileza, pela paciência, que devemos levar os seres que nos são próximos ao caminho da luz.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 17.01.2014
em "Pensamentos Quotidianos"
Editions Prosveta
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