quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

É a luz que faz a felicidade

...
Há uma outra frase do Mestre, mais ou menos por essa época, que eu também nunca mais esqueci.
Nesse tempo, o Mestre Peter Deunov fazia ainda conferências numa sala da rua Oborichté, em Sófia, ainda antes da Fraternidade se instalar fora da cidade, em Izgrev.
Um dia, antes da conferência, um senhor que tinha ido falar com ele fazia-lhe toda a espécie de perguntas. Eu estava lá e ia escutando...
O Mestre era sempre simples, natural, digno, grave. Respondia muito gentilmente, mas muito brevemente.
Num dado momento, a questão posta foi:  «Que sinal nos permite reconhecer a evolução de um homem?»
E o Mestre respondeu: «A intensidade da luz que emana dele.»
Na altura, eu era muito jovem, não possuía ainda estes critérios, e aquela resposta tocou-me tanto que foi sobre ela que, em seguida, construí uma grande parte da minha existência.
Ao longo de toda a minha vida, também eu compreendi que podemos avaliar os seres consoante a sua luz.

Claro que esta luz não é realmente visível, mas sentimo-la no olhar, na expressão do rosto, na harmonia dos gestos.
Ela não depende das faculdades intelectuais nem da instrução da pessoa, é uma manifestação da vida divina, e é essa luz que nós devemos procurar, sem nunca nos sentirmos saciados.


de  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


em  "Sementes de Felicidade"



Colecção Izvor

Edições Prosveta

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