Alguém que está apaixonado não tem qualquer dúvida sobre aquilo que sente.
No entanto, essa pessoa não vê o seu amor, não lhe toca, pois um sentimento é algo impalpável.
E quem tem uma opinião, convicções, será que as vê, será que as toca?
Não.
Contudo, essa pessoa está pronta a bater-se e a morrer por elas.
E alguém que diz: «Na minha alma e na minha consciência, eu condeno este homem», expressa um julgamento de duras consequências em nome de algo que também não viu.
Então, como é que, de repente, se dá uma tal importância a essa alma e a essa consciência que são invisíveis?
Mesmo sem se aperceberem disso, os humanos só acreditam em coisas invisíveis, impalpáveis: todos sentem, amam, sofrem, choram e se regozijam por razões e causas invisíveis...
Então, como é que alguns podem afirmar que só acreditam naquilo que vêem, naquilo que tocam?
Que contradição!...
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