terça-feira, 20 de junho de 2017

A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS






Capítulo  IV  -  O  PENTAGRAMA

(Continuação)

E o papel que  cabe a nós é vivermos o Ensinamento do homem perfeito, graças às possibilidades que nos foram dadas.
Entre essas possibilidades estão os cinco sentidos (de novo o número cinco): a vista, o ouvido, o olfacto, o paladar e o tacto.
Aliás, o tacto que, entre os sentidos, é o mais próximo da matéria, tem por principal órgão a mão, que possui cinco dedos.
Os dedos são antenas preparadas para captar determinadas influências.
O olegar está ligado a Vénus, o indicador a Júpiter, o médio a Saturno, o anelar ao Sol e o mindinho a Mercúrio.
Por isso, de vez em quando lembrai-vos de fazer este exercício: erguei a mão e concentrai-vos em cada um dos vossos dedos a fim de atraírdes as influências benéficas desses planetas; podereis fazer em seguida um bom trabalho sobre vós próprios e sobre os outros.

O homem é, pois, um pentagrama vivo.
Isso é verdade no plano físico, mas também o é no plano espiritual, quando ele possui e manifesta as cinco virtudes: o amor, a sabedoria, a verdade, a justiça e a bondade, que são as virtudes do Cristo.
Podemos dispor as cinco virtudes no pentagrama da seguinte forma:
O Mestre Peter Deunov costumava dar a seguinte regra: «Coloca a bondade como base da tua vida, a justiça como medida, a sabedoria como barreira, o amor como deleite e a verdade como luz.»


Se reflectirmos sobre o sentido deste preceito, achá-lo-emos notavelmente correcto.
A bondade é a única base sólida sobre a qual um edifício pode assentar.
Mesmo que esse edifício seja belo e inteligente, ruirá, se a bondade não o sustiver.

a justiça é uma qualidade ligada à justa medida; ser justo, como indica a balança, que é o símbolo da justiça,, implica saber sempre preservar o equilíbrio: acrescentar um pouco aqui, cortar um pouco acolá.
A sabedoria é uma barreira graças à qual podemos proteger-nos dos inimigos exteriores e interiores que nos ameaçam.
Sem amor, a vida parece-nos insípida; mesmo que possuamos tudo - riqueza, saber e glória; sem amor não teríamos nenhum gosto pela vida.
A verdade é a luz que ilumina a nossa estrada; sem ela, vivemos na mentira e no erro.
Estas cinco virtudes são necessárias ao desenvolvimento do homem.
Infelizmente, muito poucas pessoas conhecem actualmente a ligação que existe entre as virtudes e o organismo humano.
A verdadeira Ciência reside no conhecimento desta ligação, assim como todos os sucessos, tudo o que se consegue na vida.
A bondade está ligada às pernas, a justiça às mãos, o amor à boca, a sabedoria aos ouvidos e os olhos à verdade.
A verdade pertence ao espírito, o amor à alma, a sabedoria ao intelecto, a bondade ao coração e a justiça à vontade.
Podemos encontrar ainda uma correspondência com os cinco elementos.
Quais são esses cinco elementos?
A terra, a água, o ar, o fogo e o éter.
Porque é que se fala de quinta-essência?
A quinta-essência é o quinto elemento (quinta essentia), é a síntese dos outros quatro, o seu extracto mais puro.
A vontade corresponde à terra, o coração à água, o intelecto ao ar, a alma ao fogo e o espírito ao éter.

Pela sua vontade, pelo seu intelecto, pelo seu coração, pela sua alma e pelo seu espírito, o homem está, pois, em relação com os cinco elementos que trabalham no Cosmos, e ele próprio pode trabalhar conscientemente em harmonia com eles.
É esse o sentido do símbolo do duplo pentagrama, com o pequeno inscrito no grande: o homem, o microcosmo, vive e trabalha no seio do Universo, o macrocosmo, Deus.
Referem as Escrituras que Deus criou o homem à sua imagem.
Dado que o homem, o "pequeno mundo", foi criado à imagem de Deus, é claro que ele possui os elementos e os materiais que existem no "grande mundo", todas as qualidades e virtudes de Deus.
Se, apesar disso, ele se mostra muitas vezes pobre e miserável, é porque nada faz para se ajustar, para ser conforme ao modelo divino de que é um reflexo.
Para ser conforme com ele deve conhecer a lei da afinidade.
Que lei é esta?
Suponhamos que tendes dois diapasões afinados no mesmo comprimento de onda: se fizerdes vibrar um desses diapasões, o outro, mesmo sem lhe tocardes, começa também a vibrar.
Chama-se a isso ressonância.
Portanto, se conseguirdes fazer vibrar o vosso diapasão no mesmo comprimento de onda que o diapasão cósmico, este responder-vos-á.

Continua







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