segunda-feira, 19 de junho de 2017
A LINGUAGEM DAS FIGURAS GEOMÉTRICAS
Capítulo IV - O PENTAGRAMA
I
Está escrito nos Evangelhos que, quando Jesus nasceu, apareceu uma estrela a Oriente, e foi assim que os Reis Magos souberam que tinha nascido um salvador do mundo.
A essa estrela a tradição cristã deu a forma de um pentagrama e todos os anos, no Natal, a vemos representada ou colada por todo o lado.
Alguns astrónomos investigaram e fizeram cálculos para descobrir que estrela poderia ser essa que aparecera; mas eles nada descobriram e numerosas hipóteses foram levantadas.
Terá havido realmente um sinal luminoso no céu para conduzir os Reis Magos a Belém?
O Evangelho diz: «E eis que a estrela que tinham visto a Oriente seguia adiante deles, até que, tendo chegado ao local onde o menino estava, ela parou.»
Há que reconhecer que essa estrela tem um comportamento bastante fora do comum e compreende-se que ela tenha levantado problemas aos astrónomos.
Por isso, em vez de se procurar saber se ela existiu realmente, é preferível tentar aprofundar o que quiseram dizer os autores dos Evangelhos ao referirem a presença dessa estrela no momento do nascimento de Jesus.
O pentagrama, a estrela de cinco pontas, é o símbolo do homem perfeito.
Observai a figura: Esquematicamente, ela representa um homem erguido, com os dois pés assentes no chão e os braços afastados.
Quando se estuda o nome de Deus em hebraico, vê-se que ele tem quatro letras:
Iod Hé Vau Hé.
É o tetragrama, cuja transcrição aproximada é Jeová, mas que os judeus não pronunciam.
Já vos expliquei que as quatro letras do nome de Deus correspondem aos quatro princípios que existem no homem: Iod, o espírito; Hé, a alma; Vau, o intelecto; e o segundo Hé, o coração.
Mas estes quatro princípios devem manifestar-se, encarnar, através de um quinto: a vontade.
Esta encarnação exprime-se através do nome de Jesus - Iéshuah - que contém as quatro letras do nome de Deus, Iod Hé Vau Hé, às quais se acrescenta, ao centro, uma quinta letra, Shin, símbolo da união do espírito com a matéria.
Ao proclamar-se e ao proclamar todos os humanos filhos de Deus, ao pedir-lhes que trabalhem para a realização do Reino de Deus à face da terra, Jesus apenas insistia na verdadeira missão do homem: encarnar a Divindade.
Jesus, o Cristo, é o Verbo que se fez carne.
Revestindo-se de carne, Deus tornou-se homem.
O homem não é senão a Divindade manifestada sobre a terra.
O primogénito, Jesus, é o homem.
Foi ele que Pilatos mostrou, dizendo: «Eis o homem.»
Sim, Deus feito carne, o homem perfeito simbolizado pelo pentagrama, tal é o sentido da estrela de cinco pontas que anunciou o nascimento de Jesus.
Continua
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