sexta-feira, 16 de junho de 2017

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 16.06.2017

Há muitas pessoas que se recusam a participar na vida colectiva com o pretexto de que querem ser independentes e livres.
Pois bem, essas pessoas não sabem até que ponto, pelo contrário, se limitam.
Tal como as crianças, movem-se no pequeno círculo dos seus sentimentos, dos seus desejos, das suas cobiças.
Que pobreza, que miséria!
Esse estado de limitação é normal para a criança, mas não para o adulto.

O adulto deve ser capaz de pensar noutros seres: em primeiro lugar, evidentemente, uma família, mas também vizinhos, amigos, colegas de trabalho, concidadãos...
E isso ainda é muito pouco.
O círculo deve alargar-se cada vez mais e, para além da pátria, da raça*, alargar-se à humanidade inteira... até abarcar o Universo, o infinito...
São raros os seres que foram além de todas as limitações, aqueles cujos pensamentos e desejos se projectam na universalidade, mas é nesse sentido que devemos esforçar-nos por trabalhar.

*Há décadas que investigações na área da genética demonstraram que a noção de "raça" não tem qualquer fundamento sólido: apesar das diferenças na fisionomia, na cor da pele, etc., a espécie humana é uma só.
Seria desejável, por isso, evitar a utilização deste termo no discurso oral e na escrita.
Contudo, os meios de comunicação social referem-se, quase diariamente, a injúrias e violências "racistas", a tensões e tumultos "racistas".
Embora se lamente que assim seja, enquanto os indivíduos se julgarem autorizados a perseguir os seus semelhantes com o pretexto de que eles pertencem a uma "raça", é um termo que se torna obrigatório continuar a utilizar. (Nota do editor original).


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV

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