Mas a beleza não pode ser possuída: pela sua essência, ela não pertence ao mundo físico e, assim que se tenta mesmo que seja só acariciá-la, ela escapa-se.
A beleza é um mundo feito exclusivamente para os olhos; não é destinada às mãos nem à boca.
Ela gosta de ser olhada, mas não suporta ser tocada.
Por isso, é preciso estar muito atento quando se está com seres de uma grande beleza. Quem não tiver a atitude correcta pode afastar para longe as entidades que neles habitam e que lhes dão aquela harmonia, aquela graça.
E se elas se afastarem o ser sofrerá, pois perderá o encanto, o elemento impalpável que também embelezava a sua vida.
A nossa alegria e a nossa inspiração dependem, pois, do respeito que nós manifestamos para com a beleza, não procurando apossar-nos dela.
Ao aprendermos a contemplá-la nos seres, em cada dia, nós provamos a vida verdadeira.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 13.07.2014
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