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A água e o fogo representam, pois, os dois princípios da Criação.
A sua actividade no Universo é simbolizada pela cruz, figura com um sentido extremamente rico, que se encontra em todas as civilizações.
A linha horizontal representa a actividade do princípio feminino, a água, que tem sempre tendência a espalhar-se, a estender-se à superfície do solo, ocupando o máximo de espaço possível, procurando mesmo os interstícios para se infiltrar debaixo da terra e desaparecer.
A linha vertical representa o princípio masculino, o fogo, que, pelo contrário, tem tendência a concentrar-se e lançar-se para as alturas.
A água está, pois, ligada à profundidade, à superfície, e o fogo à altura.
Estas duas direcções inversas, horizontal e vertical, sintetizadas pela cruz, são as que melhor representam a actividade dos dois princípios, masculino e feminino, na Criação e nas criaturas.
O Universo está cheio deste símbolo.
A maior parte dos cristãos só vêem na cruz uma recordação da morte de Jesus, sem se aperceberem de que, limitando assim o seu significado, empobrecem-na.
Não se pode negar que a morte de Jesus numa cruz foi um acontecimento considerável na História da Humanidade. Mas, enquanto símbolo, a cruz ultrapassa em muito este acontecimento, e quem se esforça por aprofundá-lo à luz do ensinamento dos dois princípios masculino e feminino, a água e o fogo, entra em contacto com os maiores mistérios da Criação.
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de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
Colecção Izvor
Edições Prosveta
Publicações Maitreya
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