Observai um rio: o seu leito é sempre o mesmo, mas a água que corre é sempre diferente.
O nome do rio não se altera - Sena, Tamisa ou Mississipi -, mas a água que corre nele renova-se
a cada dia.
Os habitantes do rio, as gotas de água, vêm e vão, e chegam continuamente outras para o seu lugar, enquanto elas se escoam para o mar.
Chegadas ao mar, aquecidas pelo Sol, tornam-se leves e subtis, elevam-se na atmosfera sob a forma de vapor, de nuvens, e mais tarde voltam a cair sob a forma de chuva ou de neve, para tornarem a descer das montanhas em torrentes e rios.
Portanto, tudo corre e se renova sem parar.
Ora bem, um país é como um rio: tem sempre o mesmo nome, mas encarnam nele, sucessivamente, seres sempre diferentes, que vêm de outros lugares.
Ou ainda: um país é como uma casa, cujo destino é ser habitada durante uns anos por determinados inquilinos e depois por outros...
Durante os primeiros anos, ouve-se música, cantares...; depois os habitantes mudam e reina outra atmosfera, prosaica ou agitada; no entanto, a casa é sempre a mesma.
Assim se explicam as mudanças verificadas na história de numerosos países.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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