Nada, nem no Céu nem na terra, poderá impedir-vos de amar.
O amor é a vida.
Mas é necessário aprender a amar, quer dizer, aprender a espiritualizar e a sublimar o amor.
Para quê?
Para se fazer um trabalho com esse amor.
Perguntareis: «Um trabalho? Então, e o prazer? - O prazer será substituído pelo trabalho. - E já não haverá prazer? - Sim, haverá prazer, mas muito mais subtil, muito mais completo, um prazer que nada, nunca, poderá alterar, ao passo que o prazer tal como geralmente é entendido, mais cedo ou mais tarde, transforma-se em cinzas.»
Há um prazer que faz lembrar o ouro e outro que faz lembrar o chumbo.
O ouro não enferruja, não oxida, permanece sempre nobre, precioso, resplandecente.
O chumbo, esse é baço.
Se lhe cortardes um pedaço, nesse ponto ele ficará a brilhar por uns minutos,
mas depois oxidar-se-á de novo.
Quando os alquimistas procuravam transformar o chumbo em ouro, o que eles pretendiam, na realidade, era transformar a natureza humana inferior em natureza superior, divina, nada mais.
E isso é possível, desde que o homem aprenda a substituir o prazer pelo trabalho.
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