É natural apreciar os seres pelos dons que eles têm.
Quer sejam escritores, artistas, cientistas ou mesmo desportistas, não podemos deixar de nos maravilhar com os seus talentos e, algumas vezes, até com o seu génio.
Mas será isso uma razão para negligenciar as qualidades morais: a bondade, a honestidade, a generosidade...?
A maioria das pessoas consideram que isso é uma questão secundária, só têm em consideração o talento e é isso que tentam cultivar, uma vez que, graças a ele, se é tão apreciado.
Mas por que é que todas essas capacidades, todos esses talentos, todos esses génios, são incapazes de salvar o mundo?
Pelo contrário, acontece mesmo eles contribuírem para o destruir.
Ouve-se dizer muitas vezes: «Ah!, ela é tão dotada... ele é tão inteligente,
que podemos perdoar-lhe tudo!»
Pois bem, eis um raciocínio muito mau.
Aqueles que são particularmente favorecidos pela Natureza devem, pelo contrário, esforçar-se por manter os seus dons e os seus talentos e coroá-los com qualidades morais.
Senão, em vez de se tornarem, como deveriam, benfeitores da humanidade, só fazem é sujar e destruir.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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