sexta-feira, 9 de maio de 2014

PERMANECER FIEL À VERDADE

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Se, em dado momento, fordes obrigados a afrouxar os vossos esforços, pelo menos não percais de vista a direcção certa.

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Por exemplo: durante anos, uma pessoa trabalha por um ideal, sabe mostrar-se desinteressada, generosa, pronta a fazer todos os sacrifícios.
Mas sabemos o que acontece nesses casos: há sempre alguém que é ingrato ou abusador em relação a essa pessoa e então chega a altura em que ela é tentada a pensar: «Eu sou um idiota, um lorpa; devia ter compreendido que a vida é uma selva e que, para vencer, eu também devia usar de astúcia, enganar, não ter escrúpulos. Oh, como fui tolo!
Mas agora, acabou-se, farei como os outros.»

Ora bem, eis o pior raciocínio que existe.
Eu compreendo que é doloroso perder as ilusões.
A quem o dizeis... Mas, porque haveis de acrescentar a isso a perda do vosso ideal, ou seja, a perda da única coisa que realmente pode dar sentido à vossa vida?
Doravante, quando ficardes decepcionados com os humanos, chorai um pouco, se não conseguirdes evitar isso, mas nunca penseis que errastes ao seguir o caminho divino da bondade, da generosidade, do sacrifício, porque esse é o caminho da verdade e nunca deveis abandoná-lo
É certo que a vida, por vezes, coloca-nos em condições que nos perturbam e desorientam. Já não sabemos o que fazer...
Mas não sabermos o que fazer não justifica que abandonemos o que sabemos ser a verdade.

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Lamentar-se continuamente, questionando: «Porque é que as pessoas são assim?
Porque me acontece este aborrecimento?
Porque é que a existência é tão difícil?», de nada serve.
Ninguém deve colocar a si próprio tais questões.
Pelo contrário, há que perguntar: «Como é que eu devo compreender o que me acontece?
Como posso utilizá-lo?
Como posso transformá-lo para o pôr ao serviço da minha própria evolução e do bem dos outros?»

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É raciocinando assim que nos afirmamos, que nos tornamos cada vez mais estáveis.

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O essencial é isso: manter a firmeza e seguir em frente!


OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


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