Vivestes atormentados por isso durante muito tempo, mas agora, quando pensais de novo no assunto, constatais que até vos é difícil recordá-lo, como se tudo tivesse sido apagado.
Se, com o tempo, já não há marcas disso, é porque não era assim tão grave.
Então, por que não haveis de tentar libertar-vos tão rapidamente quanto possível de tudo o que pode ensombrar a vossa vida quotidiana?
Quando um acontecimento, uma situação, vos inspira tristeza, cólera, não deixeis esse estado prolongar-se.
Por exemplo, saí de casa e caminhai, dizendo para convosco:«Quando eu chegar àquela árvore (ou àquela parede ou a qualquer outro ponto de referência), estarei liberto deste mal-estar».
Aproximai-vos dessa árvore ou dessa parede com a certeza de que será o início da vossa libertação.
Quando lá chegardes, sentireis que algo se aclara dentro de vós, sentireis um alívio.
Essa melhoria certamente não será total; então, escolhei outra referência, mais distante, e avançai com a convicção de que o vosso mal acabará por desaparecer completamente.
Continuai assim até sentirdes uma verdadeira libertação.
E recomeçai no dia seguinte, se necessário.
Quaisquer que sejam os desgostos, os tormentos, o essencial é nunca ficar sem reagir.
Nada é pior do que a passividade.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 03.05.2014
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