Vejamos agora a imagem da árvore.
Uma árvore é constituída por raízes, tronco e ramos que contêm folhas, flores e frutos.
As raízes estão enterradas no solo, vivem e trabalham na mais profunda escuridão, e absorvem os elementos contidos na terra para fabricarem a seiva bruta que irá elevar-se pelo tronco da árvore.
Longe do ar e da luz, elas realizam um trabalho difícil e ingrato, não conhecendo senão obstáculos, restrições, limitações.
O tronco, esse, lança-se para o céu, uma vida intensa circula através dele: ao centro, os canais ascendentes da seiva bruta, na periferia, os canais ascendentes da seiva elaborada.
À medida que o tronco se eleva e reforça, enriquece-se com ramos novos que se balançam felizes ao vento e à luz, oferecendo a todos a vida e a beleza das suas folhas, flores e frutos.
As raízes absorvem os elementos da terra e as folhas absorvem a luz solar que transforma a seiva bruta em seiva elaborada.
As flores coloridas e perfumadas preparam-se para se tornar frutos.
Quanto aos frutos, não só são alimento para os animais e para os homens, mas também contêm os germes que darão origem a outras árvores.
Raízes, tronco e ramos têm a sua utilidade, a sua beleza.
Mas quem não prefere viver nos ramos que se abrem à luz e ao calor do sol?
O Universo é comparável a uma árvore. Aliás, para numerosas tradições religiosas, a Árvore Cósmica é o símbolo da Criação.
Conforme o seu grau de evolução, consoante os progressos que conseguiram realizar no caminho da verdade, os seres situam-se nas raízes, no tronco ou nos ramos.
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Mas os seres que não conseguiram libertar-se da verdade das toupeiras e das raízes estão colocados, por determinadas razões, em muito más condições de evolução.
Os que vivem no tronco da árvore cósmica são mais livres, porque são mais iluminados que os precedentes; mas, também aqui, a luz não é suficiente para que toda a verdade lhes seja revelada.
É necessário que subam até às folhas, às flores e aos frutos.
É lá que eles possuirão verdadeiramente a luz e a liberdade.
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