Se não soubermos moderar-nos, até as melhores coisas poderão tornar-se nocivas.
Infelizmente, a moderação não é a virtude mais comum nos humanos.
Por exemplo: em vez de utilizarem de uma alegria ou de um prazer, apenas o que precisam para se sentirem estimulados, empanturram-se de alegrias e de prazeres e ficam doentes.
Como aquele homenzinho que um amigo convidou para jantar: «Espera - disse ele -, na segunda feira janto com fulano, portanto na terça estarei de cama...
Para quarta feira, fui convidado por beltrano, por isso na quinta estarei de cama...
Então, na sexta feira, se estives de acordo!»
Este, ao menos, conhecia-se!
Quer se trate de comida, de bebida ou de prazeres, os humanos tendem sempre a ultrapassar os limites.
Porque não se contentam com pouco?
Até um veneno pode fazer bem, com uma condição: a de ser tomado em doses homeopáticas.
Mas, com excepção dos medicamentos, os humanos não sabem o que é a homeopatia; não pensam que na vida psíquica também há doses homeopáticas e doses alopáticas, e que as doses homeopáticas são muito favoráveis, enquanto as alopáticas, demasiado fortes, por vezes são nocivas.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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