Os humanos procuram alimento, muitas vezes, naquilo que não é essencial.
Passam a maior parte do tempo com ocupações que não trazem nada ao seu espírito e justificam-se, dizendo que a existência quotidiana, as suas obrigações, a família, a profissão, a sociedade, os forçam a desenvolver actividades nas quais o espírito
não tem qualquer cabimento.
O que não é exacto, pois o espírito pode ter uma palavra a dizer em toda a parte.
Para não perdermos de vista o essencial, devemos organizar a nossa existência em torno deste centro, o espírito, a centelha que em nós habita.
Deste modo, todas as nossas actividades, e até as nossas distracções, contribuirão para alimentar a vida em nós.
O espírito que habita no homem não rejeita o fígado, os intestinos ou os pés, com o pretexto de que eles não têm actividades tão nobres como ele.
Tudo está no seu lugar, e o espírito serve-se de tudo.
Mas assim que falta, no centro, essa força que unifica, que governa, todos os elementos começam a dispersar-se, o que provoca a morte, a morte espiritual.
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