A justiça divina tem as suas leis, que nem sempre são idênticas às da justiça humana.
Consideremos um exemplo.
Vós quereis fazer bem a alguém, mas, por ignorância ou por serdes desajeitados, essa pessoa sofre um acidente: a justiça terrestre, que não distingue os vossos propósitos, condena-vos
segundo os vossos actos.
Mas a justiça do Alto, que conhece as vossas boas intenções, talvez deixe as leis dos
humanos punir-vos, pois não é esse o seu domínio, mas recompensar-vos-á amplamente pela
vossa generosidade.
De modo inverso, vós podeis agir aparentemente em benefício de alguém, mas com a intenção oculta de abusar dessa pessoa; na terra, sereis apreciados, felicitados, mas o Céu castigar-vos-á, porque os tribunais celestes não vos julgam segundo os vossos actos, mas segundo os vossos propósitos.
Os actos e os propósitos não dependem da mesma jurisdição.
Evidentemente, se os vossos propósitos e os vossos actos forem divinos, irrepreensíveis, sereis recompensados pelos dois lados; se transgredirdes as leis em ambos os domínios, sereis condenados pelos dois tribunais.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
Sem comentários:
Enviar um comentário