quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O SEGUNDO NASCIMENTO

Capítulo IV (parte)
A  SABEDORIA  OCULTA  NOS  OUVIDOS

O caracol membranoso do ouvido é construído por fibras alinhadas; estas fibras podem ser comparadas a cordas.
Consideremos um violino no qual fazemos vibrar uma corda, afastando-a, pelo meio, da sua posição de repouso e largando-a bruscamente.
Ouviremos um som que será tanto mais forte quanto mais tivermos afastado a corda
 da sua posição inicial.
A intensidade do som muda segundo a amplitude do afastamento, mas o som em si mesmo permanece idêntico.
Se encolhermos a corda e a fizermos vibrar novamente, verificaremos que o som não é o mesmo, é mais agudo.
Peguemos agora noutro instrumento, uma guitarra, por exemplo; se fizermos vibrar alternadamente uma corda da guitarra e uma corda do violino, constataremos que há uma diferença de timbre.
O som tem, pois, três características essenciais, a intensidade, a altura e o timbre, que são distinguidas pelo órgão de Corti.
A intensidade depende da amplitude do movimento vibratório, a altura depende do número de vibrações durante um determinado tempo (quanto mais elevada é a frequência, mais agudo é o som) e o timbre depende da qualidade, da natureza do instrumento.

A faculdade de distinguir os sons é uma qualidade de Saturno, e a melhor.
Os Iniciados dizem que o Universo é uma sinfonia inexprimível.
Quem estuda astrologia poderá compreender esta sinfonia se conhecer a intensidade, a altura e o timbre, pois a intensidade indica a força dos elementos físicos, a altura revela as qualidades morais e o timbre revela a natureza dos elementos observados.

Com a ajuda destes dados, estudemos agora o que é um horóscopo.
Num tema, temos os planetas, os signos e as casas.
1. O timbre é o planeta. Cada planeta - Júpiter, Saturno, Vénus, etc. - tem características próprias,
uma natureza própria.
2. A altura é o signo do zodíaco onde o planeta se encontra, o qual, consoante o caso, lhe
permite manifestar as suas boas ou as suas más qualidades.
3. A casa onde o planeta está determina a intensidade, a força, com que ele se manifestará.

A situação dos planetas nos signos indica as qualidades psíquicas.
O seu lugar nas casa indica a maneira como o homem manifestará as suas qualidades no plano físico.
Se o planeta está num signo bom e numa má casa, não pode manifestar-se no plano físico no domínio regido por essa casa, apesar de todas as qualidades que possui.
Pelo contrário, se o planeta se encontra em exílio ou em queda num signo, mas numa boa casa, mesmo que não possua boas qualidades, pode manifestar-se no plano físico,
 no domínio que lhe corresponde.
Isto ocorre frequentemente e faz supor que certas pessoas são dotadas, quando afinal, não o são.
Por exemplo, um homem que tenha Júpiter em Sagitário ou em Peixes e na décima segunda casa, mesmo que tenha grandes qualidades, estas ficarão em segredo, ao passo que, quem tem Júpiter em Gémeos ou em Virgem na décima casa, verá, pelo contrário, as suas qualidades sempre apreciadas e postas em destaque.
Quando falo de boas e más casas, isso não significa, de modo algum, que as casas por si próprias sejam boas ou más.
Simplesmente, para os planetas, certas casas são-lhes mais favoráveis ou menos favoráveis.
Por exemplo; Júpiter na casa II (que é a casa da fortuna, do dinheiro) tem uma influência muito benéfica sobre as finanças, enquanto Saturno na mesma casa tem uma influência nitidamente desfavorável ou atrasa os bons efeitos.
São inúmeras as combinações que os dez planetas descobertos até hoje (no futuro descobrir-se-ão outros) podem fazer com as doze constelações e as doze casas.
Além disso, existem entre os planetas, relações geométricas importantes a que os astrólogos chamam "aspectos".
Os aspectos representam um determinado intervalo entre dois planetas situados
 no círculo do zodíaco.

Continua

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