Os humanos sabem, instintivamente que, para conquistarem a amizade ou o amor dos outros, devem usar palavras agradáveis, elogiá-los, oferecer-lhes presentes, alimentar a sua vaidade.
Ao fazerem isso, não é, evidentemente, à natureza superior dos outros que se dirigem; estão a acariciar, a alimentar a sua natureza inferior.
Por que é que depois ficam admirados com o facto de uma relação nascida em tais condições, prosseguir com mal-entendidos, tensões e confrontos?
O desejo de ser amado, de ter amigos, é um desejo sincero e louvável mas, infelizmente, não se realiza em quaisquer condições.
Se se quer suscitar nos outros um amor sincero, generoso, duradouro, há que ter em conta a sua natureza superior e aprender a dirigir-se a ela.
Amar um ser não é querer atraí-lo para vós, com o pretexto de que necessitais dele, mas procurar, incessantemente, projectar luz sobre ele, reforçá-lo.
Um amor assim, desinteressado, que será extremamente benéfico para esse ser,
trar-vos-á, em retorno, tudo aquilo que desejais.
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