domingo, 4 de dezembro de 2022

PENSAMENTO QUOTIDIANO - 04.12.2022

 



Todas as coisas possuem o seu duplo na Natureza.
Tudo o que fazeis, fazei-lo duplamente.  
Se ajudardes alguém ou fizerdes mal a alguém, o original dessa acção vai-se, mas deixa a sua marca em vós: um cliché, uma lembrança, uma assinatura.
Se foi bem que fizestes, esse bem seguiu caminho, deixou-vos, mas deixou também um traço em vós, um registo da mesma natureza.
E se tiverdes feito mal, esse mal também vos abandonou, mas deixou um duplo exactamente da mesma natureza, que continua a trabalhar, a demolir e a desagregar.
Vede, por exemplo, o que se passa quando um homem comete um crime.
Porque será ele sempre perseguido por uma lembrança, um cliché que volta, que não o deixa tranquilo?
O crime foi feito, pertence ao passado, não ficaram dele sinais visíveis e o criminoso poderia estar tranquilo.
Mas o duplo da acção ficou, e é ele que produz essas lembranças, essas imagens de que o homem não consegue desembaraçar-se, as recriminações que a sua consciência lhe faz e de que ele só poderá libertar-se quando tiver reparado o mal que fez.


MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV




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