Podemos dizer que os frutos, de maneira geral, têm três elementos: a pele, que deitamos fora, a polpa, que comemos, e o caroço, que plantamos.
Dir-me-eis que sabeis isso.
Não!
Se o soubésseis, não cometeríeis tantos erros na vossa vida.
Por exemplo: um homem ou uma mulher fala-vos todos os dias do seu amor.
Vós aceitais todas as suas palavras e comei-las, até as engolis, sem fazerdes qualquer selecção.
Algum tempo depois, ficais mergulhados numa enorme tragédia.
Porquê?
Porque não compreendestes a lição do fruto.
Esse homem ou essa mulher introduziram certamente no seu amor, nas suas palavras, elementos muito bons e muito belos, e vós podíeis comê-los; mas devíeis ter sabido que, vindas de um ser humano, essas palavras conteriam necessariamente elementos humanos, demasiado humanos, que era preciso pôr de parte.
Sim, o amor é uma questão muito complexa.
No amor que vos oferecem há sempre elementos que deveis rejeitar, outros que podeis aceitar, e um, finalmente, que deveis plantar na vossa alma.
Por isso, deveis dizer ao ser que vos ama: «Espera um pouco. Antes de te dar uma resposta, primeiro tenho que plantar o caroço.
O fruto é suculento, mas eu quero conhecer a árvore a que ele vai dar origem.»
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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