AS BASES DA MEDITAÇÃO
Capítulo XI
(parte - págs. 192 a 195)
Desde que descobriu que o cosmos é atravessado por ondas que nos trazem mensagens sonoras, a ciência procura construir aparelhos cada vez mais sensíveis para as captar.
O que a ciência não sabe é que esses aparelhos existem, desde sempre, no ser humano, pois o Criador, que preparou o homem para um futuro de uma riqueza indescritível, colocou nele aparelhos, antenas, capazes de captar e transmitir toda a inteligência e todo o esplendor da sua Criação.
Se, por enquanto, o homem não os capta, é porque não faz qualquer trabalho nesse sentido, não se exercita, nem sequer está ciente de todas as suas possibilidades.
Mas essas possibilidades existem, todos os aparelhos estão instalados e aguardam o momento de ser postos a funcionar.
Esses aparelhos são os chacras e também certos centros do sistema nervoso, do cérebro,
do plexo solar.
Mas, por enquanto, todos esses aparelhos tão aperfeiçoados estão adormecidos: o homem é incapaz de captar as mensagens que chegam de todos os pontos do Universo, a partir das constelações mais longínquas.
Aliás, em certa medida, é preferível assim, pois essas mensagens são em tão grande número que, no actual estado de coisas, aquele que conseguisse recebê-las ficaria louco ou morreria fulminado.
Isso já não será perigoso quando, interiormente, o homem se tiver reforçado o suficiente
para poder resistir.
Vou dar-vos uma imagem.
Já observastes como se desenvolve a abóbora?
Primeiro, ela está suspensa por um caule muito fino que podeis partir facilmente.
Mas, à medida que a abóbora vai crescendo, o caulezinho vai-se reforçando, a ponto de resistir a um peso de vários quilos.
No ser humano produz-se o mesmo fenómeno.
À medida que, nas suas meditações, ele consegue captar as correntes cósmicas, há algo nele que funciona para lhe permitir resistir a todas as tensões.
Mas isso tem de acontecer progressivamente.
Algumas pessoas, que querem aprender tudo de uma só vez, desenvolver todas as suas capacidades de repente, preparam desequilíbrios muito grandes para si próprias.
Um médico receitou um medicamento a um doente: ele deveria tomar diariamente dez gotas desse medicamento durante um mês.
Mas o doente questiona-se: «Um mês?
Isso é muito tempo!»
Então, ele decide tomar todo o conteúdo do frasco nesse mesmo dia... e morre.
Não, há que fazer as coisas pacientemente, de forma regular; nessas condições, o organismo consegue reforçar-se e torna-se cada vez mais capaz de resistir às tentações.
Eis, pois, o que é essencial saberdes: vós tendes a possibilidade de captar, através da meditação todos os elementos do Universo que vos são necessários.
É o pensamento que, pela lei da afinidade, se encarrega de ir procurar esses elementos.
Aliás, o mesmo se passa com os seres humanos: quando pensais numa pessoa, mesmo que ela esteja no fim do mundo, entre os milhares de milhões de indivíduos existentes à face da terra, o vosso pensamento irá ter exactamente com a pessoa em quem pensais e não com outra.
É como se ele estivesse magnetizado para poder estabelecer contacto precisamente com essa pessoa.
Portanto, daqui para o futuro, quando quiserdes obter um elemento do Universo ou ligar-vos a uma determinada entidade, pensai nesse elemento ou nessa entidade sem vos preocupardes com o lugar onde eles se encontram: o vosso pensamento irá exactamente até eles.
É o que se passa, aliás, com certos cães aos quais se dá a cheirar uma peça de roupa ou um lenço que pertence a alguém.
Como esse objecto está impregnado das emanações da pessoa em causa, o cão é capaz de a descobrir a quilómetros de distância...
Um odor é algo extremamente subtil, mas o cão dirige-se infalivelmente por entre centenas de pessoas para só parar junto daquela que tem de encontrar.
É exactamente o que faz o pensamento, que vai procurar, através do espaço, não apenas os elementos, mas também os seres visíveis ou invisíveis que podem reforçar-vos, esclarecer-vos ou socorrer-vos.
Sem comentários:
Enviar um comentário