As lamentações sobre a natureza humana pecadora e com inclinação para o mal não servem de nada.
Não há que lamentar, só há que trabalhar.
Seja a vaidade, o orgulho, a cólera, o ciúme ou a sensualidade, todos os defeitos devem ser usados para fazer um trabalho.
É este o único ponto de vista bom, a única boa solução.
É o trabalho que conta, é inútil ocupar-se do resto; as qualidades, os defeitos, são coisas secundárias.
Quando se descobriu qual é o melhor trabalho e se decidiu estar sinceramente consagrado a ele, até os defeitos se tornam bons servidores.
Consideremos um exemplo muito simples.
Vós quereis levantar um peso.
Todas as energias contidas em potência no vosso corpo são mobilizadas: os músculos, o coração, os pulmões e até o cérebro participam na acção.
Mas, se não tiverdes o desejo de fazer seja o que for, todos os vossos órgãos estagnam, ficam sonolentos.
É o desejo de trabalhar que mobiliza todas as vossas potencialidades.
Mesmo um criminoso, se se puser a trabalhar, pode acabar por ultrapassar, em generosidade, em paciência e em bondade, os homens mais virtuosos.
Ao passo que, muitas vezes, as pessoas de bem não fazem nada de grandioso: acham suficiente serem como são, não pensam em trabalhar para se melhorar.
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