Os vales, onde correm ribeiros e rios, representam a fertilidade e, portanto, a abundância, a generosidade, a bondade.
É nos vales, e não nos cumes, que existem prados, jardins, frutos, flores, cidades e os seus habitantes.
Nos altos cumes, encontram-se rochas, gelo, aridez.
Sentis-vos solitários?
Pois bem, não permaneçais no cume para onde vos arrastou o vosso intelecto, com o seu orgulho, o seu gosto pela crítica.
Descei até ao vale, onde reina a abundância, onde o coração se manifesta, onde correm as águas do amor.
O saber que adquiristes nos cumes, graças ao vosso intelecto, deve fundir-se para formar regatos, rios, e fertilizar os vales, pois há um tempo para subir e um tempo para descer: há um tempo para subir à montanha com o intelecto e um tempo para descer ao vale com o coração.
OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV