Quando um cientista dá explicações, serve-se de esquemas, de gráficos, graças aos quais os estudantes ou o público seguem o seu raciocínio passa a passo, sem o risco de se perderem.
Infelizmente, não são os gráficos ou os esquemas que impedirão esse erudito, com argumentos tão ordenados e tão claros, de perder a cabeça noutras circunstâncias.
Os intelectuais demonstram muito método, muita disciplina, muita objectividade, quando se trata dos seus trabalhos, mas acham normal viverem na subjectividade, na desordem e na perturbação das paixões.
Se se estudar as estatísticas, verificar-se-á que é precisamente nas pessoas com profissões de natureza intelectual que se encontra um maior número de desequilibrados e de doentes mentais, pois o intelecto não protege do desequilíbrio.
A vida não consiste exclusivamente em fazer observações, medições e cálculos, os humanos não são máquinas.
Para se enfrentar as dificuldades e os choques da existência, para não se deixar levar e destruir pelas paixões, para se descobrir a verdadeira realidade das coisas, só existe um método: desenvolver as faculdades espirituais.*
* Ver cap. II
Acerca do invisível
Colecção Izvor
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV

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