Um dos maiores infortúnios do homem é que ignora que atitude deve tomar face às suas fraquezas e aos seus defeitos.
Quanto maior for um defeito em nós, mais assustados e humilhados ficamos, e mais receosos nos sentimos em relação a ele.
Ora, o que deve acontecer é exactamente o contrário.
Quem formou esse defeito?
Fomos nós mesmos, quer estejamos conscientes disso, quer não: esse defeito é fruto da nossa vontade defeituosa, dos nossos maus desejos ou da nossa falta de saber.
Ele começou por ser minúsculo - um pensamento ou um sentimento negativo que foi sendo alimentado -, depois cresceu como uma bola de neve que fazemos rolar, e transformou-se numa montanha, num vício de que já não conseguimos libertar-nos.
Seja ele o que for, nós é que o criámos.
Quanto maior for esse vício, mais atesta a nossa força, pois fomos nós que lhe demos o poder que ele manifesta.
Então, se foi de nós que ele recebeu o seu poder, porque não haveríamos de ser capazes de lho tirar?
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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