quinta-feira, 8 de outubro de 2020

A CHAVE ESSENCIAL

 

Págs. 101 e 102
Ao passo que presentemente, por toda a parte podeis ler prospectos e anúncios que dizem: «Tomai isto, tomai aquilo e sereis felizes!»
E isso tem sempre como objectivo contentar a personalidade; não há nada, em parte alguma, para dar um pouco de alimento à individualidade, ao lado divino; sim, em lado algum, nem cartazes, nem nada.
É sem pre tudo para a personalidade, para a empanturrar, para a acariciar: o conforto, os prazeres, etc...
E presentemente, as pessoas estão a tal ponto saciadas que se tornam mais desagradáveis do que nunca, precisamente por essa razão, por não alimentarem senão a personalidade.
Reparai também nos filmes, nos romances e nas peças de teatro: é tudo feito para a personalidade; e para a individualidade, para a verdadeira inteligência, para o lado profundo, o espírito, não há nada,, nada, ela é ignorada quase por toda a parte.
(Eu talvez esteja a exagerar um pouco, mas é de propósito...)
É por esta razão que não nos devemos espantar que as coisas não andem bem.
Alimenta-se a personalidade e em seguida ela cospe, suja, demole, e isto é normal, ela faz aquilo que pode.
Mas se pretendeis que tudo corra bem, é mister proporcionar um outro alimento ao ser humano, e é aqui, no Ensinamento da Grande Fraternidade Branca Universal, que esse alimento é proporcionado.
A personalidade não gosta do silêncio...
E o que significa o silêncio?
Tomai o exemplo de uma pessoa ainda jovem: ela exalta-se com facilidade, é facilmente levada, nela tudo está desligado, só há turbilhões, tornados, alaridos.
Esta é a razão por que o lado divino não pode desabrochar nesse ser.
Mas alguns anos mais tarde, faz-se finalmente silêncio, e as boas qualidades começam a sair;
 antes não podiam.
Reparai no que se passa, na natureza, com a vegetação.
Por vezes, as plantas florescem antes do tempo, antes que o Inverno acabe; então elas são queimadas pela geada e já não podem dar frutos.
Portanto, as forças e as energias da planta não se podem expandir enquanto as condições não melhorarem.
Pois bem, o mesmo se passa na vida dos humanos: enquanto forem sacudidos pelos tornados e pelas tempestades, não podem ouvir a voz interior da sabedoria, da inteligência, a voz dos anjos.
É preciso que as paixões se acalmem, e nessa altura todas as boas qualidades que estavam à espera de poder evidenciar-se, começam a aparecer.
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