Os humanos têm o hábito de responder ao mal com o mal, ao ódio com o ódio,
mas esta velha filosofia nunca deu bons resultados.
Muitas vezes, ao querer desembaraçar-se de um inimigo, na realidade o que se faz é ligar-se a ele,
pois, quando se detesta uma pessoa, é exactamente como se se tivesse amor por ela.
Imagina-se que o ódio corta as ligações...
Pelo contrário, ele cria laços tão fortes e tão tenazes como o amor.
Evidentemente, estas ligações são diferentes: o amor traz certas coisas e o ódio traz outras, mas tão garantidamente e com tanta intensidade como o amor.
É com o bem que se faz oposição ao mal, é pelo amor que faz oposição ao ódio.
E o mal acaba sempre por ser vencido, Deus recusou-lhe a imortalidade.
Qualquer palavra ou qualquer acto de ódio podem ser comparados a uma pedra que se atira ao ar:
à medida que o tempo passa, tem menos força para se elevar.
Pelo contrário, uma palavra bondosa ou um acto de bondade podem ser comparados a uma pedra lançada do alto de uma torre: com o tempo, o seu movimento e o seu poder aceleram.
É este o segredo do bem: mesmo que seja fraco no começo, no final é sempre todo-poderoso e triunfa.
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