A curiosidade é uma qualidade muito boa, é certo, foi ela que levou os humanos ao seu grau de civilização actual.
Mas esta curiosidade deveria ser um pouco esclarecida e orientada, pois, muitas vezes, o que é que se vê?
Homens e mulheres que querem conhecer tudo na vida e que se encorajam uns aos outros a fazer as experiências mais audaciosas.
Eles não se questionam sobre onde é que isso acabará por levá-los, em que dificuldades, em que sofrimentos irão cair por se terem lançado nessas experiências imprudentemente e sem reflexão.
Observai uma mosca: ela também é curiosa, quer saber o que é aquela teia que ali está, tão bem construída, diante dela.
Ela não se apercebe de que a teia é obra de um ser muito manhoso, uma aranha, que, escondida no seu centro, aguarda, à espreita...
Então, aventura-se na teia, fica presa nos seus fios e ei-la apanhada na armadilha, para grande satisfação da aranha, que fará dela a sua refeição.
É o mesmo tipo de curiosidade que, muitas vezes, faz com que os humanos se percam.
Então, em vez de se porem a sentir, tocar, provar, escutar ou olhar seja o que for, com o pretexto de que desejam conhecer tudo, se não quiserem ser devorados devem começar por identificar todas as teias de aranha que estão construídas diante deles.
de OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV - 17.10.2013
em "Pensamentos Quotidianos"
Editions Prosveta
Publicações Maitreya
Sem comentários:
Enviar um comentário