Ainda não foi suficientemente sublinhado quão importante é sentirmo-nos contentes, satisfeitos, e a maioria das pessoas não veem a gravidade do seu hábito de estarem sempre descontentes com tudo e com todos.
Mas o mais grave é que existe uma tendência crescente para se considerar o contentamento como um sinal de ingenuidade, de estupidez e, inversamente, o descontentamento e a crítica como um sinal de inteligência.
Um descontentamento prolongado, mantido consciente ou inconscientemente, estraga sempre alguma coisa em vós.
O descontentamento só é aceitável se estiverdes descontentes convosco próprios.
Mas as pessoas estão descontentes com o Senhor (Ele não fez bem as coisas!), com a existência, com toda a humanidade.
Pois bem, esta atitude perniciosa dar-lhes-á, interiormente, muito maus conselhos.
Estai, pois, vigilantes!
Como não podeis impedir que um sentimento se manifeste, tereis cada vez mais um rosto sem brilho, um olhar sombrio, gestos bruscos, uma voz áspera, e tudo isso vos tornará antipáticos aos olhos daqueles que vos rodeiam.
Sim, porque, apesar da tendência para se achar os descontentes mais inteligentes do que os outros, não se acha agradável a sua companhia e procura-se estar afastado deles.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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