Quando amais ternamente um ser, que força é essa que vos ensina a olhá-lo, a acariciá-lo, a ser gentil com ele e a oferecer-lhe presentes?
E, quando estais zangados com ele, qual é a força que vos ensina a fulminá-lo com o olhar ou até a bater-lhe?
Quer se trate de amor ou de cólera, é sempre a mesma força, mas ela ora se manifesta sob a forma venusiana e age com delicadeza, expressividade, poesia, doçura, ora se torna marciana e então pode ser terrível.
Mas é sempre a mesma força.
Aliás, apercebemo-nos disso quando o amor manifestado de maneira muito inferior se transforma em violência: a pessoa quer impor-se, torna-se cruel, dura, não pensa na outra, só procura satisfazer-se, saciar os seus próprios desejos, e então, obviamente, esse amor não é lá muito estético, nem salutar, nem generoso, nem divino.
Mas quem manifesta um grau superior de amor, age necessariamente com ternura, com delicadeza, e preocupa-se muito mais com a felicidade e com o futuro da pessoa que ama.
É esta a diferença.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
Sem comentários:
Enviar um comentário