A CADEIA VIVA: SOL - TERRA - ÁGUA
A água não circula unicamente à superfície da Terra, ela corre também sob a terra, alimentando com as suas emanações os reinos mineral, vegetal e animal, como um elixir de vida.
Se a água não circulasse também nas entranhas da Terra, não haveria pedras, nem plantas, nem animais, nem homens.
Vós questionareis: «Mas, então, para que serve a energia solar se são as influências subterrâneas que alimentam a vida?»
É muito simples: o Sol não dá as suas energias directamente às criaturas, é primeiro a Terra, o seu planeta, que as recebe e depois lhas transmite.
Eu já vos disse várias vezes que a Terra é viva, pelas suas camadas etéricas ela estende-se até milhares de quilómetros acima de nós, no espaço.
A verdadeira superfície da Terra está muito distante daquilo que nós assim chamamos: aqui, nós apenas tocamos a casca física, material, do planeta.
E as diferentes camadas da atmosfera terrestre não pertencem ao espaço cósmico, mas à terra.
A atmosfera é a pele do nosso planeta, ela é atravessada por correntes de energia cósmica vindas do espaço e que se transformam ao entrar em contacto com ela.
Graças aos diferentes elementos que a compõem, a atmosfera desempenha o papel de um filtro: só deixa passar os elementos favoráveis à vida terrestre.
Depois de terem atravessado a atmosfera, as correntes vindas do espaço são captadas pelos cumes das montanhas, que desempenham o papel de antenas.
E no momento em que as neves e os gelos começam a fundir, as águas que então circulam à superfície da Terra, tal como as que se infiltram na terra e atravessam as diferentes camadas do solo, são impregnadas por essas correntes.
Quanto às águas da chuva, também elas estão carregadas de energias vindas das altas camadas da atmosfera.
Portanto, é mesmo da energia solar que as plantas, os animais e os homens se alimentam, mas depois de ela ter sido absorvida, transformada e redistriguída pelo planeta.
Deste ponto de vista, a Terra é tão importante como o Sol.
Não penseis que, quando vos expondes ao Sol, recebeis directamente os seus raios, pois, antes de chegarem a vós, esses raios tiveram de atravessar a atmosfera da Terra, e foi porque a atmosfera da Terra os transformou que vós pudestes captá-los e absorvê-los.
Por isso é tão importante estar sempre em harmonia com a Terra, respeitá-la, amá-la.
Senão, mesmo expondo-se ao Sol, não se tirará grandes benefícios da sua luz e do seu calor.
É preciso estudar como funciona esta cadeia viva "Sol - Terra - Água".
Os cursos de água são vias de comunicação que ligam as planícies e os vales aos cumes das montanhas, e esses cumes são como bocas que recebem e absorvem as forças cósmicas.
As montanhas são transformadoras da energia cósmica e as águas subterrâneas que as percorrem impregnam-se desta vida, com a qual depois vão saciar os diferentes reinos da Natureza.
Os Antigos, para quem o centro do Universo era a Terra e não o Sol, não estavam completamente errados: para os humanos, é a Terra, o seu planeta, que é mais importante, é ela que é realmente o seu Universo, e o seu centro é o centro do Universo.
De um certo ponto de vista, podemos dizer que o sistema geocêntrico de Ptolomeu é tão verdadeiro como o sistema heliocêntrico de Copérnico, pois os humanos não recebem directamente a energia solar, é a terra que a recebe e lha transmite.
E, aliás, é segundo o ritmo da Terra que eles crescem e evoluem.
Eles não podem evoluir mais depressa do que o seu planeta, pois o destino colectivo da humanidade está submetido à evolução da Terra.
Só certos seres particularmente avançados podem destacar-se do conjunto e evoluir mais rapidamente.
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