Antes de procurar ampliar as suas riquezas, o seu poder, as suas conquistas, cada um deve esforçar-se por cultivar em si um estado de espírito que permita apreciar o que já possui, mesmo que seja muito pouco, pois o essencial não está na posse, mas nas sensações que nos são proporcionadas por aquilo que possuímos.
É a nossa capacidade para ter sensações que faz de nós seres vivos; então, a menor coisa, se soubermos como considerá-la, pode preencher-nos.
Senão, poder-se-á ser dono do mundo e sentir-se interiormente pobre e vazio, porque já se está morto interiormente.
Com o que é que um morto se regozija?
Para uma pessoa se regozijar tem de estar viva.
E está-se vivo quando se aprende a afinar as suas percepções, a desenvolver o gosto pelas coisas.
Ora, muitas vezes o gosto é inversamente proporcional à quantidade.
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